Por ano, são registados 30 a 40 casos de cancro oral na Região Autónoma da Madeira, que atingem essencialmente pessoas com idades compreendidas entre os 40 e 64 anos. E porque este cancro é a 6.ª causa de mortalidade desde 2014 na Região, o 7.º em termos de incidência e mortalidade do país e o 11.º a nível da União Europeia, a Secretaria Regional da Saúde, em parceria com a Ordem dos Médicos Dentistas, criou um Programa de Intervenção Precoce no cancro oral, destinado aos utentes pertencentes aos grupos de risco.

O objectivo é detectar estes casos numa fase precoce, não só para diminuir a taxa de incidência, como também para melhorar a esperança de vida dos utentes que desenvolvem a doença.

Na apresentação pública do programa, que decorreu esta manhã no Museu de Electricidade- Casa da Luz, o secretário regional da Saúde referiu que é importante continuar a “actuar na promoção da saúde e na prevenção da doença, consolidar os programas de rastreio existentes e adicionar os que ainda não estão disponíveis, mantendo uma proximidade com a população”.

Pedro Ramos afirmou que foi cumprido “um trajecto perfeitamente delineado com uma estratégia a curto e médio prazo, com o rumo até 2019 perfeitamente traçado, e não à custa de medidas avulsas”.

“Somos mais fortes se estivermos unidos porque a saúde não pode ser refém de outros interesses que não o interesse superior de mais saúde e mais vida para todos”, salientou o governante, nesta cerimónia que contou também com a presença do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e de Gil Alves, da Ordem dos Médicos Dentistas, entre outras entidades.

“Podemos afirmar que o Programa de Saúde Oral tem agora a possibilidade de alargar esta vigilância a grupos de risco, passando a ter integrado um programa de intervenção precoce do cancro oral em parceria com a Ordem dos Médicos Dentistas da Madeira”, concluiu o secretário da Saúde.