Madeira

Cosmos classifica o novo hotel Savoy em construção no Funchal de “macrocefalia cancerígena”

Associação ataca Albuquerque e Cafôfo como responsáveis pelo licenciamento deste “mamarracho”

Foto Arquivo
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A Cosmos - Associação de Defesa do Ambiente e Qualidade de Vida, através de um comunicado assinado pelo presidente Dionísio Andrade e enviado esta sexta-feira para a comunicação social, chama a atenção da opinião pública madeirense para “as consequências negativas da construção do novo Hotel Savoy, nomeadamente, na nossa paisagem, na nossa sustentabilidade económica e no nosso turismo”.

“Quando o projecto ainda está na sua fase construtiva inicial, já existem muitos madeirenses e turistas que se assustam e mostram a sua preocupação pelo gigantismo e monumentalidade das actuais estruturas, mal sabendo muitos deles, que a altura do volume em construção irá passar para o dobro”, diz Dionísio Andrade que, recorde-se, já foi deputado do PND.

“Não será só a indústria hoteleira madeirense a sofrer com esta ‘macrocefalia cancerígena’, os prejuízos serão muito mais extensos e profundos e prolongar-se-ão no futuro, pondo em causa a própria sustentabilidade das gerações futuras. Os graves atentados que o anfiteatro funchalense sofreu nos últimos anos, não são nada, se compararmos com a ‘barreira de betão’ que irá nascer nesta zona nobre da cidade e cuja volumetria final assustará o mais comum dos cidadãos”, adianta.

O presidente da associação acusa ainda o ex-presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque, de licenciar este “mamarracho”, e o actual presidente, Paulo Cafôfo, de revalidar a licença do mesmo, “sem tentar, pelo menos, negociar com os promotores a redução da volumetria e número de pisos”, conclui o comunicado.