Madeira

Apresentado novo plano alimentar para a Madeira

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O Governo Regional apresentou hoje a nova Estratégia Regional de Promoção da Alimentação Saudável e Segura (ERPASS), programa que envolve a inédita colaboração de quatro secretarias da Região, sendo elas a Secretaria da Agricultura e Pescas (SRAP), Saúde (SRS), Educação (SRE) e Inclusão e Assuntos Sociais (SRIAS). Numa iniciativa que visa sensibilizar e estudar o estado nutricional da nossa população, ficou-se a saber que os madeirenses têm um défice no consumo de frutas e legumes na ordem dos 60%, fazendo com que 6 em cada 10 pessoas sofram de problemas relacionados com a obesidade.

O programa que arranca já este mês propõe-se a alterar os hábitos alimentares dos madeirenses e foi apresentado hoje no Colégio dos Jesuítas, contando com a presença do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, bem como de Humberto Vasconcelos, secretário da SRAP, Pedro Ramos, em representação da SRS, Sílvio Fernandes, vice-reitor da Universidade da Madeira e Teresa Esmeraldo, responsável pela Unidade de Nutrição e Dietética do SESARAM e um dos ‘cérebros’ por detrás da elaboração deste plano.

A ideia passa por incentivar as crianças e os jovens a terem cuidado com a sua alimentação, educando-os com menus saudáveis nas cantinas das escolas da Região, não descurando a população mais idosa, providenciando uma avaliação e monitorização nos Centros de Dia, daí que faça sentido a envolvência das quatro secretarias. Estimular a produção e consumo de produtos regionais é também um dos propósitos desta colaboração, alertando igualmente para a importância da prática de actividade física regular.

Pedro Ramos, à margem deste evento, disse que “a cultura da abundância e do sedentarismo gerou comportamentos pouco adequados” que despoletaram “um dos grandes desafios da saúde dos nossos tempos”. O grande objectivo passa então por “educar e capacitar mais para a saúde”, não bastando para isso “ter acesso aos bens alimentares”, sendo “necessário comer com saber, saber o que comer e quanto comer”, aconselhou.

Esta é uma das novas problemáticas e um novo desafio, “com profundo impacto sobre a vida das populações”, questão que o secretário não se esqueceu de lembrar na hora de realçar a importância dos profissionais de saúde. “Que sejam firmes na estratégia e a promovam junto dos nossos utentes, pois uma população mais saudável é um objectivo que nos unes”, atirou.

A alimentação inadequada é um dos principais factores de risco nas doenças crónicas, as quais representam a grande causa de morte na Madeira.