O presidente do Governo Regional foi esta manhã à Ribeira Brava afirmar que “alguns dos problemas” que o município enfrenta “estão resolvidos”. O governante não se referia às questões políticas ou partidárias, evidentes até pela tarja exposta na bancada em claro apoio ao actual edil a uma candidatura independente, mas aos constrangimentos financeiros que o quartel de bombeiros proporcionava à Associação Humanitária, forçando mesmo o Executivo madeirense a adquirir o prédio por “1,5 milhões de euros”. Miguel Albuquerque também não esqueceu de mencionar a requalificação da escola secundária e do pavilhão desportivo que irá para o terreno durante o interregno das férias escolares, duas obras que vão custar “8,5 milhões de euros”, enfatizou.

Palavras proferidas durante a inauguração da requalificação do campo municipal, num investimento da autarquia que totalizou os “520 mil euros”, fruto do “rigor, poupança e controlo”, e que vem “proporcionar o desenvolvimento da prática desportiva”, expressou na ocasião o edil que chegou a fazer um “pedido de desculpas” justamente por considerar que os atletas do clube local e da escola praticaram, “tempo de mais”, o futebol, num “campo com condições precárias”.

Antes, Ricardo Nascimento, fizera a Albuquerque “uma reivindicação” para aquilo que chamou de “necessidade urgente” da recuperação do pavilhão e da escola, Padre Manuel Álvares. Um desejo que teve resposta minutos depois, com Albuquerque a convidar o autarca, ainda social-democrata, a estar presente numa visita que o governante pretende

efectuar aquando dos melhoramentos.

De resto, foi notória a aparentemente boa disposição entre ambos, com muitos sorrisos, com elogios de parte a parte, inclusive com Albuquerque afirmar que “só os medíocres não reconhecem o mérito dos outros”, razão para pedir uma “grande salva de palmas ao presidente da Câmara e à sua equipa”. Nascimento também dissera estar satisfeito com a presença do chefe do governo insular, mas foi preciso avisar o edil que Albuquerque chegara ao recinto.