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De olhos postos em Moçambique

Saiba o que é notícia hoje no País e no Mundo

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Equipas de socorro prosseguem hoje as operações de resgate das vítimas do ciclone Idai, cuja passagem por Moçambique, Zimbabué e Maláui provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.

A cidade da Beira, no litoral centro de Moçambique, é uma das zonas mais afetadas e o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil “estão em situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência nacional.

O secretário de Estado das Comunidades chega hoje ao final do dia à cidade da Beira, onde dezenas de portugueses perderam casas e bens devido ao ciclone Idai, para acompanhar o levantamento das necessidades e o primeiro apoio.

José Luís Carneiro deverá chegar à Beira pelas 18:45 locais (menos duas horas em Lisboa), com uma equipa que vai realizar um “diagnóstico rigoroso” sobre a situação da comunidade portuguesa e dos meios necessários para ajudar.

Na região da Beira, o número de portugueses residentes registados no consulado de Portugal na capital da província de Sofala aproxima-se das 2.500 pessoas.

A organização Médicos Sem Fronteiras disse que 90% da área em torno da cidade da Beira foi destruída, as estradas principais de acesso à cidade foram cortadas, muitos edifícios ficaram submersos, não há eletricidade em toda a região e praticamente todas as linhas de comunicação foram destruídas, o que torna muito difícil aceder à dimensão correta do desastre.

Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas em Moçambique, Maláui e Zimbabué pela passagem do ciclone Idai, de acordo com estimativas dos governos destes três países.

Hoje, também será notícia:

. A longa-metragem “Cai na real, Corgi”, de Ben Stassen, abre hoje o 18.º Monstra - Festival de Animação de Lisboa, este ano com mais de 500 filmes e o Canadá como país convidado.

O realizador belga estará presente na sessão no cinema São Jorge, cumprindo-se o arranque do festival, mas a organização programou uma outra sessão oficial de abertura para quinta-feira, com duas estreias.

Também no São Jorge, na quinta-feira, estreiam-se a curta-metragem “Tio Tomás - A contabilidade dos dias”, de Regina Pessoa, e o filme-concerto “As quatro estações”, de Anna Budanova, com a participação do centro de inovação da Universidade de Tóquio.

Até ao dia 31, o festival Monstra programará mais de 500 filmes de animação de todo o mundo, com uma grande fatia dedicada ao cinema do Canadá, com a presença de vários convidados, entre os quais a dupla Amanda Forbis e Wendy Tilby e a realizadora Caroline Leaf.

. A Feira do Livro de Leipzig começa hoje e conta com a participação de Portugal, que estará representado por diversos escritores e por mais de 300 títulos de literatura de língua portuguesa, em edições portuguesas e alemãs.

No programa literário participam os escritores Afonso Cruz, Ana Margarida de Carvalho, Joana Bértholo e Valério Romão, os poetas João Luís Barreto, a repetente Raquel Nobre Guerra, que este ano verá publicada a sua primeira edição alemã, e o antigo ministro Luís Filipe Castro Mendes, a convite da editora Leipziger Literaturverlag, que apresenta uma edição bilingue do autor.

Integram igualmente este festival literário, que se estende até dia 24, os autores moçambicanos Lucílio Manjate e Mbate Pedro e, ainda, José Eduardo Agualusa.

. A seleção portuguesa de futebol continua a preparar os primeiros jogos da fase de qualificação para o Euro2020, com a realização de mais um treino na Cidade do Futebol, em Oeiras, a dois dias de receber a Ucrânia, no grupo B.

Na terça-feira, Bruno Fernandes foi dispensado dos trabalhos da seleção nacional devido a problemas físicos, não tendo sido chamado qualquer jogador para render o médio do Sporting.

O selecionador Fernando Santos, que volta a contar com Cristiano Ronaldo, após nove meses de ausência, agendou uma sessão para as 10:30, com os primeiros 15 minutos a serem abertos à comunicação social. Antes, às 10:00, um jogador ainda a designar irá falar aos jornalistas, em conferência de imprensa.

Portugal começa a defender o título europeu conquistado em 2016, em França, frente à seleção da Ucrânia, na sexta-feira, no Estádio da Luz, em Lisboa, recebendo, três dias depois, em 25 de março, a Sérvia, no mesmo recinto.

. A 37.ª edição da Volta ao Alentejo em bicicleta arranca com a etapa mais longa, a ligar Montemor-o-Novo e Moura, com o português Luís Mendonça a defender o título conquistado em 2018.

Logo a abrir mais uma “Alentejana”, os mais de 120 ciclistas terão de cumprir 208,1 quilómetros, com a partida real a ser dada em Montemor-o-Novo às 10:45.

A primeira e única contagem de montanha do dia - de quarta categoria - vai estar colocada ao quilómetro 90,8, no concelho de Portel, existindo ainda três metas volantes, em Viana do Alentejo (46,5 quilómetros), Vidigueira (82,8) e Reguengos de Monsaraz (138).

A chegada, a Moura, deverá acontecer por volta das 16:00.

Luís Mendonça, que trocou a Aviludo-Louletano pela Rádio Popular-Boavista, vai partir de camisola amarela e com o dorsal número um, depois de ter vencido a “Alentejana” em 2018.

. Portugal regressa hoje ao mercado para emitir até 1.500 milhões de euros nos segundos leilões deste ano de Bilhetes de Tesouro (BT) a seis e a 12 meses.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) informou que os BT a serem leiloados hoje têm maturidades em setembro de 2019 (seis meses) e em março de 2020 (12 meses), e que o montante indicativo global é de entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros.

Nos anteriores leilões comparáveis, em 16 de janeiro, Portugal colocou 1.750 milhões de euros, montante máximo anunciado, em BT a seis e 12 meses, com taxas de juro negativas e a descerem face a anteriores leilões.

. A cadeia espanhola de supermercados DIA tem hoje, em Madrid, uma reunião decisiva sobre a estratégia que deve assumir para salvar a empresa da situação de falência técnica em que se encontra desde dezembro passado.

O grupo de distribuição alimentar, que em Portugal tem a marca Minipreço, irá pronunciar-se sobre se opta por uma proposta do Conselho de Administração ou por um projeto do multimilionário russo Mikhail Fridman, que avançou com uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a empresa.

Os atuais gestores do DIA vão submeter a votação uma “operação-acordeão”, que se traduz numa redução de capital inicial para, posteriormente, proceder ao aumento de capital de 600 milhões de euros.

Por seu lado, Mikhail Fridman - que, através da empresa LetterOne, detém 29% da empresa - propõe uma recapitalização de 500 milhões de euros, condicionada ao êxito da OPA e a um acordo com a banca credora para alargar os prazos de vencimento da dívida do grupo.

As dificuldades do grupo começaram em meados de outubro do ano passado, quando este reduziu as previsões de crescimento para 2018 e fez “ajustes” nas suas contas de 2017, devido à deteção de irregularidades não corrigidas, que foram muito penalizadas pelo mercado e resultaram na queda da sua cotação em bolsa.

. O Partido Popular Europeu (PPE) vai “julgar” hoje Viktor Orbán, e pode decidir excluir o seu partido Fidesz devido a sucessivas “transgressões” do primeiro-ministro húngaro relativamente aos valores europeus.

A reunião dos 262 elementos da Assembleia Política do PPE, a que pertencem PSD e CDS-PP, realiza-se em Bruxelas, a partir das 15:00 (14:00 em Lisboa).

Os estatutos do PPE determinam que “a suspensão e a exclusão de um membro só pode ser decidida pela Assembleia Política”, que não é “obrigada a divulgar as razões” da sua decisão.

. O chefe de Estado do Ruanda, Paul Kagamé, chega hoje a Luanda para uma visita de dois dias, durante a qual se reunirá, em privado, com o homólogo angolano, João Lourenço.

A Casa Civil do Presidente da República angolano apenas anunciou que a visita de Paul Kagamé se realiza a convite de João Lourenço e que o encontro privado está marcado para cerca das 12:00 locais (mais uma hora em Portugal).

A deslocação de Kagamé a Luanda acontece num momento em que Angola tem previsto receber, ainda no decorrer da semana, várias personalidades internacionais, como o rei Mohamed VI de Marrocos e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, além do secretário de Estado Adjunto norte-americano, John J. Sullivan, que visitou o país entre sábado e segunda-feira.

. Trabalhadores de autarquias de todo o país concentram-se em Lisboa num protesto nacional para exigir que a Assembleia da República aprove “um suplemento de insalubridade, penosidade e risco” de várias atividades da administração local.

Promovida pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), a ação de protesto, em que se estima a participação de cerca de 3.000 trabalhadores, começa pelas 10:00, na Rua Braamcamp, perto do Largo do Rato, em Lisboa, estando previsto, depois, um desfile até à Assembleia da República.

No final da concentração nacional, uma delegação sindical vai, pelas 14:30, entregar ao gabinete do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, uma petição com as exigências dos trabalhadores autárquicos, que conta com “mais de 15 mil assinaturas”, indicou o presidente do STAL, José Correia.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical disse que o protesto visa “chamar à atenção para a degradação das condições de trabalho na administração local e para a perigosidade e desgaste de um conjunto de atividades na administração local, que tem a ver, sobretudo, com condições de insalubridade, penosidade e risco”.

. Os deputados discutem hoje, no plenário da Assembleia da República, um diploma do BE que propõe a criação de um novo imposto sobre serviços digitais.

O BE pretende que parte das receitas deste imposto que taxa as grandes multinacionais seja canalizada para criação do “FILM, Fundo para a Imprensa e Literacia para os Media”.

O objetivo, segundo explicou o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, quando o projeto de lei foi apresentado, é garantir “a todos os estudantes do 12.º ano ou do ensino superior o acesso a uma assinatura anual por eles escolhida, de uma revista ou de um jornal”, e o serviço de porte pago.

No diploma do BE é proposto um acordo comercial entre o Estado e a imprensa para as assinaturas anuais dos jovens, sendo a estimativa dos bloquistas que as duas medidas custem entre 20 e 25 milhões de euros.

Segundo o BE, este novo imposto sobre determinados serviços digitais pode gerar receitas entre os 60 e os 100 milhões de euros.

. Os alunos do ensino secundário vão manifestar-se em Lisboa para exigir o fim dos exames nacionais, mas também mais investimento na Educação que permita medidas como a contratação de mais funcionários ou obras nas escolas.

A ideia do protesto, entre a Praça Marquês de Pombal e a residência oficial do primeiro-ministro em S. Bento, partiu da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Camões (AEESC), em Lisboa, mas rapidamente “se associaram escolas de todo o país, de Bragança até ao Algarve”, contou à Lusa o presidente da AEESC, Simão Bento.

No Porto, alunos da Escola Artística Soares dos Reis vão também realizar uma ação de protesto associada ao movimento lançado pela AEESC.

A maioria dos alunos que vai participar na manifestação será de escolas da região de Lisboa, uma vez que “os restantes subscrevem o apelo, mas não têm capacidade para estar presentes”.

Para os alunos, deveria ser valorizada a avaliação contínua e não os exames que acabam por ser utilizados para fazer ‘rankings’ das “escolas de topo e das escolas de lixo”.