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Cheias e destruição em Moçambique continuam a ecoar na imprensa nacional

Regresso de Ronaldo à Selecção chamado também a algumas primeiras páginas. Em grande a subida da temperatura e a falta de água que obriga já a medidas para reduzir consumo

Foto DR
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O regresso de Cristiano Ronaldo à Selecção Portuguesa de Futebol não passou despercebido e tem direito de capa em alguns jornais generalistas. É o caso do Correio da Manhã, que faz manchete com o caso de uma advogada no Porto que é acusada de violência doméstica contra o marido e filhos, e que coloca o futebolista madeirense no rodapé, com a indicação de que já treina. Neste jornal ainda a referência à tragédia em Moçambique, onde afirmam, são já mais de mil mortos. A foto revela água quase pelos joelhos de pessoas que tentam salvar os seus pertences. “Portugal solidário na tragédia, escreve o matutino.

O craque está também no JN, que contabilizou os dias de ausência. “Ronaldo 261 depois”, escreve em gordas. O destaque vai para o aquecimento global. “Temperatura média sobe 0,2 graus por década em Portugal”. O país está mais quente ao mesmo tempo que diminui a chuva. Aqui ainda a informação que o Governo já prepara medidas para restringir o consumo de água. Ainda nota para as dúvidas de António Costa que levam a Federação Portuguesa de Futebol a rasgar acordo com a RTP e para o ciclone em Moçambique que deixou 400 mil desalojados.

No Público Cristiano Ronaldo fica de fora da primeira, mas a Região está ainda assim representada. “Madeira chega a acordo com enfermeiros sobre carreiras”, escreve o jornal em rodapé. Medida terá impacto de quatro milhões no orçamento regional, acrescenta. A manchete é o caso de Moçambique, vem acompanhada de foto de quase página completa, onde se vê destruição e uma jovem mãe com um bebé às costas. Fica o alerta: “Tragédia mais dramática a cada minuto que passa”.

A mesma foto e destaque também no DN, que fala de outras tragédias que assolaram este país. “Do ciclone às dívidas ocultas – As Quatro tragédias de Moçambique”. Neste matutino a manchete é para as penas suspensas. “Associação Sindical dos Juízes difunde informação errada”, escreve o jornal. Portugal não tem, ao contrário do que diz o sindicato, o regime de suspensão de pena “mais brando” da Europa. E dá os exemplos da Irlanda e da Dinamarca.

No i também uma imagem das cheias em Moçambique na manchete e em duas fotos que vestem a capa. “Desapareceu o celeiro de Moçambique”, lê-se. “Colheitas destruídas e águas contaminadas anunciam uma tragédia de proporções incalculáveis”. E traz casos de portugueses que perderam quase tudo.

No Negócios a notícia maior é da empresa Navigator, que arrenda terrenos em Espanha para ter eucalipto para a sua indústria de papel. As restrições em Portugal levam a direcção a ir para a Galiza e Andaluzia. Na foto, o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. Na frase: “Candidatos a governador passam a ser avaliados”. Ainda nesta edição uma entrevista com o presidente da APIFARMA. “Medicamentos vão ter de subir, inevitavelmente”, declara.

Ronaldo é tema nos desportivos, como não podia deixar de ser. A Bola fala de “O regresso mais esperado”. Mas é Mourinho quem ocupa a foto em grande plano. Em entrevista disse: “Benfica parece muito forte mentalmente”. O treinador analisa a luta pelo título e fala do impacto de Bruno Lage no clube encarnado. Corona e Bruno Carvalho merecem chamadas nesta primeira.

“Aí está Ronaldo” está no cabeçalho do Record. A notícia principal é de Leo Jardim, que está na mira do Sporting. O brasileiro de 23 anos custa 3 milhões de euros. Aqui também Bruno Carvalho e o Protocolo com Batuque. Casilhas vai tornar-se o futebolista mais velho do FC Porto. Cervi está de saída e já está no mercado.

O Jogo prefere o azul. Aboubakar já começou a treinar, será opção em Abril. No cabeçalho “Ronaldo contra o enguiço”. Ainda nota para Jovic que vale 22 milhões.