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Agricultura deve estar “mais à frente” e suportada por tecnologia

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A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, defendeu ontem, na Web Summit, em Lisboa, que, no futuro, a agricultura deve estar sempre “mais à frente”, suportada por tecnologia que a torne mais sustentável, eficiente e competitiva.

“É necessário cultivar o futuro. Um futuro em que a agricultura não vai ficar para trás e que esteja sempre mais à frente, reforçada por tecnologia que a torne mais sustentável, mais competitiva, mais eficiente e mais produtiva, com ganhos ambientais, económicos e sociais”, defendeu Maria do Céu Albuquerque, citada em comunicado.

A nova líder do Ministério da Agricultura esteve hoje na cimeira tecnológica a visitar três ‘startups’ (empresas com rápido potencial de crescimento económico) ligadas à agricultura, “com um forte crescimento em Portugal e com passos já dados na exportação”.

Entre estas encontra-se a Farmcloud, que se afirma no mercado de produção animal com um sistema que possibilita a centralização de dados de equipamentos de vários fabricantes em tempo real, tendo já presença, por exemplo, na Rússia, Chile e Brasil.

Por sua vez, a Shimejito, outra das ‘startups’ visitadas pela governante, transforma qualquer espaço numa estufa de cogumelos, enquanto a Soilvitae, tem como objetivo prestar investigação e serviços em soluções biológicas para a agricultura.

“A tecnologia pode ser um complemento fundamental na construção de mais e melhores resultados, na garantia de uma gestão mais equilibrada e sustentável, no aumento do alcance do que se faz por cá e na aproximação a outros mercados”, afirmou a sucessora de Capoulas Santos.

Maria do Céu Albuquerque afirmou ainda que a tecnologia é igualmente importante na afirmação da pequena agricultura, de modos de produção mais ecológicos e na promoção do empreendedorismo em territórios rurais com menos densidade populacional.

“A digitalização da nossa agricultura é um fator essencial para a competitividade e sustentabilidade. Estamos na era da agricultura inteligente”, concluiu.

A Web Summit, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se em Lisboa desde 2016, vai manter-se na capital até 2028, depois de, em novembro do ano passado, ter ficado decidida a permanência em Portugal por mais 10 anos, após uma candidatura com sucesso.

A cimeira tecnológica começou na segunda-feira e terminou ontem.