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Vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela está em prisão preventiva

Foto Reuters
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O vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Edgar Zambrano, foi esta sexta-feira colocado em prisão preventiva, depois de ter sido detido na passada quarta-feira por participação no golpe de Estado fracassado em 30 de abril, segundo indicou o Supremo Tribunal de Justiça venezuelano.

Edgar Zambrano, figura próxima do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, foi colocado em prisão preventiva no estabelecimento prisional militar de Fort Tiuna, por ordem de um tribunal com competência em casos relacionados com o terrorismo.

Num comunicado, o Supremo Tribunal de Justiça explicou que um tribunal ordinário ordenou a prisão de Zambrano pelo “flagrante cometimento dos crimes de traição, conspiração, rebelião civil, usurpação de funções, incitação pública à desobediência das leis e por ódio continuado”.

A prisão preventiva também foi ordenada aos cidadãos Rosário Pedro, Abraão Rodríguez, Martín Hernández e Martín Peña, que acompanhavam Zambrano na passada quarta-feira, quando este foi detido.

No dia 30 de abril, Juan Guaidó, acompanhado de um grupo de militares, procurou mobilizar as forças armadas venezuelanas para a captura do poder do presidente eleito, Nicolas Maduro, que desvalorizou essa manobra, considerando-a um “golpe de Estado fracassado”.

A detenção de Zambrano foi condenada por vários países e organizações, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que expressou na quinta-feira preocupação, referindo que a detenção de opositores dificulta a intenção de se alcançar uma solução negociada para a crise na Venezuela.

O Governo Português condenou, através de um comunicado do Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros divulgou também na passada quinta-feira, a “detenção arbitrária” do vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, pedindo a sua libertação imediata e que as autoridades se abstenham de “aCtos provocatórios” que prejudiquem os esforços para uma solução pacifica para crise.

Posição semelhante à da União Europeia que apelou à “libertação imediata” de Edgar Zambrano, que foi detido pelos serviços secretos do país.