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Rio de Janeiro reabre instalações olímpicas fechadas por falta de segurança

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Duas instalações olímpicas construídas para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no Brasil, em 2016, foram reabertas ao público após uma decisão que contrariou a ordem judicial de suspender atividades nestes locais devido à falta de certificados de segurança.

“O Parque Olímpico da Barra da Tijuca e o de Deodoro foram reabertos na terça-feira”, confirmou a autarquia da capital ‘carioca’ em comunicado.

Em Deodoro, um distrito popular localizado 40 quilómetros o norte do bairro de Copacabana, a equipa brasileira de canoagem retomou os treinos e “a grande piscina popular estará aberta ao público no domingo”, acrescentou a prefeitura da cidade.

Em 16 de janeiro, um juiz aceitou um pedido da Promotoria Federal do Rio de Janeiro e proibiu a realização de eventos nestas instalações olímpicas até que as autoridades local apresentassem certificados de segurança garantindo o bom funcionamento das instalações.

O promotor Leandro Mitidieri destacou, em particular, o facto de as instalações nunca terem obtido as licenças adequadas de funcionamento, que deveriam ter sido emitidas no final das obras de construção dos dois parques olímpicos.

“Houve apenas uma sucessão de licenças provisórias. Não é possível que essa situação persista por mais de três anos”, disse o promotor numa conferência de imprensa realizada em 18 de janeiro.

Depois do pedido, o juiz que apreciou o caso decidiu fechar as instalações “para preservar a segurança da população”.

A prefeitura do Rio de Janeiro apresentou um recurso e obteve uma decisão favorável à reabertura provisória dos centros olímpicos junto ao Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2).

O TRF2 considerou que o encerramento dos locais afetou “as atividades das pessoas que dependem de seu funcionamento, incluindo o Exército, que utiliza regularmente o centro olímpico em Deodoro”.

A infraestrutura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foi fortemente criticada pelo seu custo, em torno de 12,5 mil milhões de dólares (11,2 mil milhões de euros), e pelos escândalos de corrupção que envolveram políticos e executivos das construtoras responsáveis pelas obras.