Primeiro-ministro de Cabo Verde manifesta “enorme preocupação” e pede solidariedade internacional
O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, manifestou hoje “enorme tristeza e preocupação” pelo ciclone Idai, que atingiu Moçambique, e pediu “toda a solidariedade” da comunidade internacional.
“Foi com enorme tristeza e preocupação que tomámos conhecimento do desastre [...] em Moçambique, causado pelo ciclone Idai, com o seu cortejo de destruição material e irreparáveis perdas em vidas humanas”, escreveu.
Numa mensagem publicada na sua página oficial no Facebook, o chefe do Governo cabo-verdiano endereçou “votos de pesar pelas pessoas falecidas, desejando a normalização da situação e o pleno restabelecimento dos feridos e desalojados”.
“Moçambique saberá, decerto, ultrapassar esta difícil ocorrência e continuar, em paz e segurança, o seu promissor caminho de desenvolvimento. Toda a solidariedade internacional é necessária e desejável”, acrescentou.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou pelo menos 222 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos na segunda-feira.
Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afectadas pela tempestade naqueles três países africanos.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o ciclone poderá ter provocado mais de mil mortos em Moçambique, estando confirmados atualmente 84.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
Estimativas iniciais do Governo de Maputo apontam para 600 mil pessoas afectadas, incluindo 260 mil crianças.
No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 82 mortos e 217 desaparecidos, bem como cerca de 1.600 casas e oito mil pessoas afectadas no distrito de Chimanimani, em Manicaland.
No Maláui, as estimativas do Governo apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos, com mais de 920 mil pessoas afectadas nos 14 distritos atingidos pelo ciclone, incluindo 460 mil crianças.