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Pelo menos 16 mortos em ataque de grupo separatista na Indonésia

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As forças de segurança indonésias anunciaram hoje que recuperaram 16 corpos em Papua, no leste da Indonésia, depois de um ataque contra trabalhadores da construção civil, responsabilizando um grupo separatista pelo crime.

A confirmação deste ataque mortal aos trabalhadores que constroem estradas e pontes ao serviço da empresa indonésia Istaka Karya, representa o incidente mais sério em décadas na região, onde as ações rebeldes são esporádicas.

“A informação mais recente que temos é que 16 corpos foram encontrados”, disse aos jornalistas o comandante militar local, Binsar Panjaitan.

As vítimas ainda não foram identificadas e o Exército não forneceu detalhes sobre como ocorreram as mortes no domingo.

O depoimento de um sobrevivente do ataque, citado pela polícia, descreveu a morte de pelo menos 19 trabalhadores.

Cerca de 15 outros funcionários da construtora Istaka Karya foram retirados do local, por razões de segurança.

Numa mensagem publicada numa página da rede social Facebook, identificada como pertencendo ao Exército de Libertação Nacional da Papua Ocidental, o grupo afirmou ter matado 24 trabalhadores sob as ordens do comandante regional, Ekianus Kogoya.

O Presidente indonésio, Joko Widodo, que tem encorajado a construção de infraestruturas para ajudar a desenvolver esta região muito pobre e isolada, prometeu que o trabalho vai continuar, apesar do ataque.

Contudo, muitos dos habitantes locais consideram a Indonésia uma potência colonial.

A Papua declarou-se independente em 1961, mas a Indonésia assumiu o controlo pela força, em 1963, desta região rica em recursos naturais. A região foi oficialmente anexada em 1969.