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OEA acusa Caracas e Havana de ataques às democracias latino-americanas

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A Organização de Estados Americanos (OEA) pediu, esta sexta-feira, aos Estados-membros que condenem o que considera serem ataques às democracias latino-americanas que atribui a Cuba e Venezuela, citando os casos do Equador, Colômbia e Chile.

“Os ataques à democracia devem ser condenados em todos os casos, e deve assegurar-se o sistema político e os mandatos constitucionais outorgados pelo povo devem ser sempre respeitados”, lê-se num comunicado enviado à agência Lusa.

No documento salienta-se que “os ventos bolivarianos de Simón Bolívar (O Libertador, político venezuelano que teve um papel preponderante na independência de vários países da América Latina) trouxeram liberdade e independência aos nossos povos”.

No entanto, “as brisas do regime bolivariano, impulsionadas pelo madurismo [referindo-se ao Presidente venezuelano Nicolás MAduro] e pelo regime cubano trazem violência, saques, destruição e o propósito político de atacar directamente o sistema democrático e tentar forçar interrupções nos mandados constitucionais”.

“Às tentativas que vimos documentadas no Equador e na Colômbia, vemos hoje esse padrão repetido no Chile. A polarização, o ódio, a violência, as más práticas, as políticas de violação sistemática dos Direitos Humanos e os crimes contra a humanidade com os quais as ditaduras impregnaram os nossos sistemas políticos devem ser erradicados e isolados, venham de onde vierem”, destaca-se no comunicado.

Segundo a OEA é “essencial isolar as fontes de violência que têm origem nos esforços externos e internos de desestabilização institucional”.

No documento a OEA diz ainda apoiar, subscrever e fazer suas as “investigações e conclusões da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre violações dos direitos humanos no Chile” e saúda a “abertura do governo chileno para convidar organizações internacionais dos Direitos Humanos a visitar o Chile e avaliar a situação”.