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Número de elefantes estabiliza nos 10.800 em Moçambique

Foto Reuters
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Moçambique tem uma população estimada de 10.800 elefantes, um número que tem permanecido estável nos últimos cinco anos, apesar das ameaças à espécie, anunciou hoje a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) em comunicado.

“Os resultados preliminares do censo indicam uma estimativa de 10.800 elefantes. A população está estável no país desde o censo de 2014”, refere Carlos Lopes Pereira, diretor de proteção e fiscalização da ANAC.

O elefante africano é classificado como um animal vulnerável na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), o terceiro de sete níveis de risco, sendo o sétimo a extinção.

Os dados do censo ajudam a clarificar a gestão da espécie e surgem como contraponto a outros números sobre os efeitos da caça furtiva.

Segundo esses outros números mais antigos, também da ANAC, só na Reserva do Niassa, a maior área protegida do país, no extremo Norte de Moçambique, o número total de elefantes passou de 12.000 para 4.400 em três anos (entre 2011 e 2014).

No entanto, a situação tem vindo a mudar e, em maio, a Administração Nacional das Áreas de Conservação celebrou um ano sem abate de elefantes por caçadores furtivos.

O novo Censo Nacional Aéreo de Elefantes e Outras Espécies foi cofinanciado pelo Governo de Moçambique e pela Agência Francesa para o Desenvolvimento (AFD) e custou cerca de um milhão de dólares.

“O censo foi um exercício importante no para monitorizar a evolução da população de elefantes no país”, acrescenta o comunicado.

Moçambique está comprometido com a implementação da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies (CITES), em particular através do Plano Nacional de Ação para a Gestão do Marfim e do Rinoceronte (NIRAP), refere o diretor-geral da ANAC, Mateus Mutemba.

A CITES é um acordo assinado internacional com o objetivo de regular o comércio de espécies de fauna e flora selvagens ameaçadas de extinção.