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Justiça brasileira reduz para metade pena de prisão de ex-ministro de Lula

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A justiça brasileira reduziu hoje para metade a pena de prisão de Antonio Palocci, antigo ministro de Lula da Silva, passando de 18 para nove anos, com cumprimento em prisão domiciliária em regime semiberto.

Antonio Palocci está preso em Curitiba desde 2016, tendo sido condenado em primeira instância, pelo juiz Sergio Moro, futuro ministro da Justiça do novo chefe de Estado do Brasil, Jair Bolsonaro, a 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais, num escândalo que envolve a petrolífera estatal Petrobras no âmbito da operação Lava Jato.

Porém, em segunda instância o juiz João Pedro Gebran Neto aumentou a pena de Palocci para 18 anos, tendo agora sido reduzida para metade.

Segundo a imprensa, durante o julgamento, a defesa do antigo ministro de Lula da Silva pediu a redução da pena para metade, citando o artigo que prevê a diminuição da pena para acusados que colaborem voluntariamente com a Justiça depois da sentença.

No passado dia 24 de outubro, o desembargador João Pedro Gebran Neto reconheceu a efetividade da colaboração de Palocci e acatou o pedido da defesa.

No entanto, o juiz desembargador Leandro Paulsen pediu uma revisão do processo, acabando hoje por também conceder a redução penal.

A defesa de Antonio Palocci afirmou que está satisfeita com a sentença, mas que vai esperar a publicação do acórdão para decidir um eventual recurso.

Com a decisão do Tribunal Regional Federal, Palocci poderá deixar a residência onde mora apenas para trabalhar e deverá dormir e passar os fins de semana em casa com monitorização eletrónica.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Antonio Palocci, que foi ministro da Economia no Governo do ex-Presidente Lula da Silva, atualmente preso, negociou o pagamento de subornos com a empresa Odebrecht, beneficiada em contratos com a Petrobras.