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Júri considera culpado homem que atropelou pessoas junto ao Parlamento britânico

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Um júri londrino considerou hoje Salih Khater culpado de tentativa de assassínio por lançar o carro que conduzia sobre ciclistas e polícias num ataque terrorista perto do Parlamento Britânico, em agosto de 2018, segundo a acusação.

O ataque resultou em três feridos, dois dos quais foram brevemente hospitalizados, enquanto um terceiro foi tratado no local.

A sentença será pronunciada numa data posterior, sendo que Khater corre o risco de ficar preso para o resto da vida.

Para Jenny Hopkins, do órgão público para a condução de processos criminais no Reino Unido (CPS, sigla em inglês), o homem de 30 anos, de origem sudanesa, “deliberadamente tentou matar e mutilar o maior número de pessoas possível” a 14 de agosto de 2018.

Foram “apenas as reações rápidas e a sorte que impediram Salih Khater de matar”, acrescentou Jenny Hopkins num comunicado, sublinhando que a análise das imagens de videovigilância revelou uma conduta “tão precisa e determinada que foi difícil para os investigadores responsáveis pelo caso reproduzirem a manobra realizada”.

Se as razões que o levaram a cometer o ataque continuam confusas para alguns, a divisão antiterrorista da CPS considera ser “razoável” ver “um motivo terrorista” para o ato.

Ao visar o Parlamento, o réu “escolheu um local icónico de importância nacional, que foi alvo de ataques terroristas na história recente”, disse Jenny Hopkins.

Nascido no Sudão, Salih Khater recebeu asilo no Reino Unido em 2010, depois de afirmar que foi torturado por causa das suas ligações com o Movimento Rebelde pela Justiça e pela Igualdade (JEM), de acordo com elementos apresentados na audiência, no tribunal criminal de Old Bailey, em Londres.