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Governo chinês pronto a ajudar caso Moçambique peça apoio

Foto Reuters
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A China disponibilizou-se hoje a fornecer a assistência necessária a Moçambique, que decretou estado de emergência nacional, após a passagem do ciclone Idai ter feito pelo menos 200 mortos e causado grandes danos no centro do país.

Questionado pela agência Lusa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Geng Shuang afirmou que a China “está pronta a prestar assistência” caso “as autoridades moçambicanas peçam ajuda”.

Geng revelou ainda que o Presidente da China, Xi Jinping, enviou já uma mensagem de condolências ao homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, pelas vítimas e prejuízos materiais.

“Moçambique é um tradicional país amigo da China e um parceiro estratégico em África”, lembrou o porta-voz.

Geng informou ainda que, até à data, as autoridades chinesas não contaram qualquer cidadão do país entre as vítimas do desastre.

A China é um dos principais parceiros comerciais e investidores em Moçambique.

Nyusi anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil “estão em situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência nacional.

Moçambique cumpre hoje o segundo de três dias de luto nacional.

A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, considerando que se trata da “pior crise” do género em Moçambique.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira passada, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 100 mortos e centenas de desaparecidos, enquanto no Maláui as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.

Os donativos internacionais para ajuda de emergência atribuídos desde segunda-feira aos três países afetados pelo ciclone Idai ascendem já a pelo menos 52,5 milhões de euros.