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Brasil inicia hoje campanha nacional de vacinação para travar surto de sarampo

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O Brasil iniciou hoje uma nova campanha nacional de vacinação para conter o surto de sarampo que nos últimos três meses causou seis mortes e cerca de 5.400 casos confirmados no país, informaram fontes oficiais.

A meta do Governo brasileiro é imunizar 2,6 milhões de crianças menores de cinco anos e 13,6 milhões de adultos até ao próximo 30 de novembro, segundo um comunicado do Ministério da Saúde.

O executivo refere que adquiriu um total de 60,2 milhões de doses da tríplice viral (sarampo, papeira e rubéola) “para garantir o combate à doença nos municípios” do país.

Trata-se da maior compra de vacinas desse tipo dos últimos dez anos, de acordo com o Governo presidido por Jair Bolsonaro, no poder desde 01 de janeiro.

Nos últimos três meses, o Brasil registou 5.404 casos confirmados de sarampo, principalmente concentrados no estado de São Paulo, o mais populoso e industrializado do país, que regista 97% dos casos.

Os restantes contágios ocorreram em outros 18 estados brasileiros, de acordo com o último boletim oficial, divulgado na sexta-feira passada.

Até ao momento, seis mortes por sarampo foram confirmadas, cinco delas em São Paulo e outra no estado de Pernambuco.

Quatro das mortes foram em bebés com menos de um ano, e as outras duas foram em adultos com 31 e 42 anos.

A nova campanha de vacinação será dividida em duas etapas. A primeira terá como alvo crianças dos 6 meses aos 5 anos e durará até dia 25 deste mês.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, instou os pais a serem “responsáveis” e a vacinar os seus filhos como um “ato de respeito e amor” por eles.

“A vacina é um direito de infância”, frisou o governante.

A segunda etapa acontecerá de 18 a 30 de novembro e será centrada em adultos entre os 20 e 29 anos que não estejam com o boletim de vacinas em dia.

Outro dos objetivos da campanha será combater as notícias falsas que circulam sobre vacinas, face à diminuição da taxa de imunização infantil nos últimos anos.

Atualmente, a imunização contra sarampo, papeira e rubéola tem uma cobertura de 90%, quando em 2014 quase atingiu os 100%, segundo dados oficiais.

O Brasil perdeu no início deste ano a certificação de país sem sarampo concedida pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 2016.