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Ataque israelita perto de Alepo causou sete mortos

Foto REUTERS/Stringer
Foto REUTERS/Stringer

Um ataque aéreo israelita, intercetado na quarta-feira à noite pela defesa antiaérea síria perto de Alepo (norte da Síria), matou sete pessoas, anunciou hoje o Observatório sírio dos Direitos Humanos, citado pela Agence France-Presse.

Segundo a mesma fonte, as vítimas era guardas dos armazéns de munições das forças iranianas e aliadas que apoiam o regime sírio.

O Observatório não avança, no entanto, as nacionalidades das vítimas, referindo apenas que “não eram nem sírios nem iranianos”, mas acrescenta terem-se registado outros cinco feridos.

Já a Agência Associated Press adianta que o ataque matou sete iranianos e aliados, sem indicar fontes para esta informação, e citando o Observatório dos Direitos Humanos para acrescentar que houve também feridos.

Por seu lado, a agência de notícias síria Sana relata que a defesa aérea do país respondeu à “agressão israelita”, não referindo a existência de quaisquer mortos, mas apenas danos materiais na área industrial da cidade de Alepo.

Habitantes de Alepo relataram à AFP que o ataque provocou um corte geral de energia na cidade que durou várias horas, tendo o serviço sido restabelecido progressivamente durante a noite.

Este foi o primeiro ataque israelita desde o anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira, reconhecendo a soberania israelita sobre parte dos Montes Golã.

Israel conquistou uma grande parte dos Golã sírios na guerra israelo-árabe de 1967, antes de os anexar em 1981, numa decisão nunca reconhecida pela comunidade internacional.

A decisão de Trump provocou a condenação da comunidade internacional e protestos na Síria.

Com importantes recursos de água, os Montes Golã são um território estratégico e de grande importância económica, tanto para Israel como para a Síria.

Israel reconheceu recentemente ter conduzido ataques contra alvos iranianos e do Hezbollah (movimento xiita libanês apoiado pelo Irão) no território sírio.

Os últimos ataques foram registados em janeiro passado.

Encarados por Israel como grandes inimigos, Teerão e o Hezbollah têm ajudado o regime sírio liderado por Bashar al-Assad a combater os rebeldes e os ‘jihadistas’ num conflito que assola a Síria desde 2011.