Madeira

Sindicatos da Madeira satisfeitos sem protestos previstos contra Costa

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É já no próximo domingo que o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS visitam a Madeira para participar num comício de apoio à candidatura de Sara Cerdas às eleições europeias, que terá lugar no Madeira Tecnopolo.

Apesar da luta dos professores ou dos enfermeiros não conhecer uma resolução à medida destes profissionais no continente, as soluções encontradas para a Madeira, orientadas pelo Governo Regional, parecem ser suficientes para que a recepção a António Costa e Pedro Marques seja pacífica e sem manifestações agendadas.

É isso que garante Francisco Oliveira, presidente do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM), ao DIÁRIO: “Será indiferente para a maioria dos colegas, não haverá descontentamento, nem qualquer manifestação. Não estou cá no domingo, até gostaria de apresentar os cumprimentos ao primeiro-Ministro, como dirigente”.

O professor explica que a solidariedade para com a situação dos colegas no continente não desencadeará qualquer polémica, até porque a luta do SPM “foi sempre com a Secretaria Regional de Educação. Podemos ter cá um ou outro colega com vínculo ao Continente, e esses não têm a sua situação resolvida, mas são muito poucos”, acrescentou. Diz ainda Francisco Oliveira: “ [A solução encontrada na Madeira] não é a ideal, porque demora muito até estar tudo reposto, mas é a possível e está resolvida”.

Márcia Ornelas, delegada regional do Sindicato dos Enfermeiros (SE) tem a mesma opinião, apesar de integrar a única unidade sindical destes profissionais na Região que não chegou a acordo com o Governo Regional. Ainda assim, não há qualquer iniciativa marcada para durante a visita do primeiro-ministro: “Do meu sindicato não há nada marcado. Quem tem colocado entraves à nossa carreira é o PS, daí que não sejam tão bem acolhidos como se não os colocassem. Estamos em negociações há um ano e no fim nada foi colocado em prática”, diz ao DIÁRIO. A enfermeira acredita que a recepção a António Costa e a Pedro Marques “não será tão calorosa” por parte dos seus colegas, mas lembra que “os outros sindicatos de enfermeiros da Região chegaram a acordo com o Governo Regional e devem estar satisfeitos com a proposta. Nós [SE] não entramos porque estamos em negociações com o Governo Central para um contrato colectivo de trabalho e não fazia sentido”.

Márcia Ornelas defende que, na Região, tanto professores como enfermeiros estão satisfeitos com as soluções encontradas: “É uma lufada de ar fresco, a proposta satisfaz. A recepção a António Costa só não será tão calorosa porque o Governo dominante na Região é o PSD”. A delegada regional do SE explica também que não conta prestar cumprimentos ao primeiro-ministro: “Não gosto da forma como estamos a ser tratados. A conduta do Governo Central não tem sido assertiva. Como cidadã também estou descontente com determinadas decisões, tanto relacionadas com os enfermeiros, como com outras carreiras. Não tenho grande simpatia pelo primeiro-ministro”, rematou.