Madeira

Rui Barreto diz que CDS vai defender “coesão territorial” na Europa

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O líder do CDS-PP Madeira considerou, esta sexta-feira (3 de Maio), que “há um longo caminho a percorrer no aperfeiçoamento do estatuto da ultraperiferia” e assumiu que o seu partido irá empenhar-se em Bruxelas “na defesa do princípio da coesão territorial”.

Rui Barreto falava em Santa Cruz, no âmbito de uma acção de pré-campanha para o Parlamento Europeu com a candidata do CDS, Margarida Pocinho, promovida hoje. Presentes ainda na ocasião o deputado António Lopes da Fonseca, o presidente da concelhia local, Pedro Freitas, e Luís Madruga.

Os democratas-cristãos explicaram a importância da União Europeia para a Madeira, a relevância de ir votar para “não deixar o projecto europeu cair nas mãos de populistas e nacionalistas”, bem como a contribuição dos fundos comunitários para o desenvolvimento da Região e do país.

“Temos de nos apoiar no princípio da ultraperiferia para canalizar fundos europeus para a mobilidade, nomeadamente uma linha ferry de passageiros e carga, entre a Madeira e o continente”, disse, para sustentar uma nova ideia. “Julgo até que os custos dessa operação devem ser tripartidos: verbas da Região, verbas da República, pelo princípio da continuidade territorial, e verbas da União Europeia pela princípio da ultraperiferia”, acrescentou Barreto.

O líder do CDS Madeira considera que a Madeira não está “a aproveitar os fundos da melhor forma, em particular no apoio à produção regional, aos custos com os transportes”, criticou.

“Aprendamos com os melhores. O governo de Canárias tem fundos europeus para apoiar a 100% a exportação de produtos regionais até ao continente europeu, sejam produtos agrícolas, pesca ou artesanato. Existem fundos europeus para colmatar os sobre custos da ultrapereferia e nós não estamos a usá-los para isso”, propôs.

O CDS- PP considera ainda necessário “adequar os fundos à defesa dos produtos regionais, colocá-los num grande centro de consumo como é o continente português e a partir daí difundi-los, apoiando a produção regional e os produtores, incentivando-os a produzir mais”.

“Mais produção é mais riqueza, é mais emprego e dá ânimo à nossa gente. Temos de direccionar os fundos para quem quer trabalhar. Os fundos da agricultura não estão a chegar aos agricultores e a Madeira tem desperdiçado verbas para essa área”, referiu.

Rui Barreto apontou a burocracia com os processos de candidatura como outro problema: “É muito difícil para quem quer investir, para quem quer fazer negócio e cultivar a terra”, afirmou.

A candidatura do CDS ao Parlamento Europeu prossegue com os contactos com as populações de Santa Cruz amanhã, desta feita na Ribeira Brava.