Madeira

Regiões ultraperiféricas rejeitam baixa de taxa de cofinanciamento europeu

Miguel Albuquerque marca presença na XXIII Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas (CPRUP) da União Europeia, que está reunida em Las Palmas. Foto Arquivo
Miguel Albuquerque marca presença na XXIII Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas (CPRUP) da União Europeia, que está reunida em Las Palmas. Foto Arquivo

A XXIII Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas (CPRUP) da União Europeia, que está reunida em Las Palmas, rejeitou hoje “qualquer redução das taxas de cofinanciamento europeu” e exigiu de Bruxelas a reposição da taxa de 85%.

Esta posição das regiões - entre as quais se integra a Madeira - é um dos pontos da declaração final da reunião, apresentada à imprensa esta tarde.

O cofinanciamento europeu é o instrumento que permite, por exemplo, às autarquias locais receberem apoio na implementação ou construção de projectos ou obras, sendo que, quanto maior a taxa de cofinanciamento, menor orçamento próprio é necessário destinar à referida obra.

Os presidentes das regiões pedem ainda que o cofinanciamento nacional ou regional dos programas “não seja contabilizado no cálculo dos deficits públicos”.

Reconhecendo que “a União Europeia conhece, actualmente, as mais profundas transformações da sua história recente”, os presidentes das regiões ultraperiféricas requerem “uma atenção continuada e uma unidade de acção da parte do Conselho e do Parlamento Europeu, independentemente do quadro legislativo e financeiro que vier a ser definido depois das eleições” europeias de Maio de 2019.

É também advogada, no texto final, a “necessidade de uma conclusão, tão rápida quanto possível, das negociações sobre o próximo quadro financeiro plurianual e os seus diferentes regulamentos e programas, para evitar hiatos e disrupções prejudiciais ao contínuo crescimento económico e social” da União Europeia e das regiões.

Um “orçamento europeu ambicioso que privilegie as políticas com forte impacto territorial” é também uma necessidade global, advogam as regiões, que pedem ainda a manutenção, “nos níveis atuais, das dotações financeiras, nomeadamente na Coesão e na Agricultura, indispensáveis ao crescimento e ao emprego”.

Na sexta-feira, realiza-se a Sessão de Parceria, que integra também representantes dos Estados-membros da União Europeia e das instituições europeias, na qual, além de todos os presidentes das regiões ultraperiféricas, vão também intervir o Rei Felipe VI de Espanha e a comissária europeia da Política Regional, Corina Cre?u.

A CPRUP é uma estrutura de cooperação política que junta os presidentes dos órgãos executivos das regiões ultraperiféricas da Madeira, Açores, Canárias, Guadalupe, Guiana, Martinica, Reunião, Maiote e Saint-Martin, territórios que, no seu conjunto, abrangem quase cinco milhões de cidadãos europeus.