Madeira

Quota do atum patudo foi reduzida na Madeira

Em vez do corte de 700 toneladas serão ‘apenas’ 350

Foto Orlando Drumond
Foto Orlando Drumond

As quotas atribuídas a Portugal para o atum e regras de captura do atum rabilho foram alguns dos assuntos abordados esta manhã na reunião que juntou o secretário regional de Mar e Pescas e o director regional de Pescas, Teófilo Cunha e Rui Fernandes, respectivamente, com os dirigente da Coopesca e seus associados, armadores e pescadores, no Museu da Baleia, no Caniçal.

Tendo como propósito a “sensibilização e clarificação” das diversas questões na agenda de trabalhos, a quota pesqueira foi o assunto mais reclamado. Teófilo Cunha confirmou o aumento na quota do atum rabilho, a espécie com maior valor comercial, que “passou de 44 para cerca de 50 toneladas, ou seja, um aumento de 14%”. Também o voador regista uma “subida de 10% na quota, que era sensivelmente 2000 toneladas e passou para 2300 toneladas”. Já o patudo que “numa primeira fase a informação dava conta de uma descida de 21% na quota” que implicava passar das 3.600 toneladas para 2.800 toneladas, viu o decréscimo ser diminuído e “em vez de perder as 700 toneladas, vamos perder 350 toneladas, ou seja, não houve a perda total inicialmente proposta”, registou o governante.

Destaque também para a alteração nas regras de captura do atum rabilho, que até ao ano passado implicava trazer 19 outros peixes de ‘contrapartida’ e que a partir deste ano passa a exigir apenas 9 outros peixes por rabilho descarregado e com a facilidade de deixar também de ser obrigatório que os peixes de contrapartida tenham de ser entregues na mesma ocasião.

Já Jacinto Silva, presidente da COOPESCA, garante que “o pessoal está descontente com esta decisão da Comunidade Europeia” de cortar 21% na quota que é disputada por mais de meia centena de atuneiros da Madeira e dos Açores.