Madeira

Quinta Magnólia já abriu ao público

Centro de Artes da Quinta Magnólia nas mãos de Ana Teresa Klut

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As obras arrancaram em 2017 e esta quarta-feira a bandeira da Região foi finalmente descerrada na Quinta Magnólia, para marcar a inauguração de um dos espaços icónicos do Funchal que, durante décadas, fez as memórias de muitos madeirenses.

“É um investimento do Governo de quase 2 milhões 885 mil euros. Foi dos dinheiros mais bem investidos nos últimos anos”, congratulou-se o presidente do Governo Regional durante a reabertura do espaço.

Requalificada, a Quinta Magnólia está agora aberta ao público, que já pode usufruir dos jardins, espaços infantis, do circuito desportivo, dos cinco campos de ténis e três de padel (pagos) e da nova galeria de arte dedicada à arte contemporânea, encaixada na Casa Mãe - edifício igualmente requalificado, e que se estreia com a exposição ‘em viagem...’, que contou com a curadoria de Márcia Sousa e Rita Rodrigues. A mostra de arte compõe-se com obras de 22 artistas madeirenses – alguns a trabalhar fora da ilha – e estará patente até 31 de Janeiro de 2020. O novo Centro de Artes Plásticas da cidade, fica sob orientação de Ana Teresa Klut.

A caminho do circuito desportivo, já depois de passar os campos de padel e dois dos de ténis, encontramos o roseiral ‘Maria do Carmo Santos’: “Este é um projecto que me deu particular gozo, porque a dr. Maria do Carmo Santos, de quem era muito amigo, fez durante muitos anos um trabalho muito importante, aqui, na Biblioteca das Línguas Estrangeiras. Tive o prazer e a honra de desenhar um pequeno roseiral na Quinta Magnólia onde o nome dela é evocado – ‘Roseiral Maria do Carmo Santos’ - em memória, e sobretudo, como um tributo importante ao trabalho que fez pela nossa cultura”, explicou Miguel Albuquerque.

Na Quinta Magnólia há ainda uma Oficina, para workshops, um campo de squash (no lugar no antigo), animais, sobretudo aves, balneários desportivos e o restaurante e bar que serão concessionados a privados.

O chefe do Governo Regional justificou os atrasos da abertura: “Esta obra demorou porque teve grande pormenores. São 35 mil metros quadrados e a nossa ideia foi reabilitar, integralmente, a Quinta Magnólia, recorrendo às técnicas de construção e mantendo aquilo que era na verdade a Quinta Magnólia no seu perfil total”.

Ou seja, acrescentou Albuquerque: “Desde os caminhos pedonais, à reabilitação do edifício principal, à reabilitação dos campos de ténis. A única coisa que não foi arranjada foi a piscina, [onde agora] foram implantados três campos de padel, porque é uma modalidade que está em grande crescimento na Madeira”.

Depois do Museu Vicentes, inaugurado na última segunda-feira, a Quinta Magnólia é outras das reabilitações que esteve a cargo da PATRIRAM: “Uma empresa pública que é paradigmática em termos de recuperação do património na Madeira, tem um trabalho notável. Queria agradecer o trabalho meticuloso e muito importante que têm desenvolvido na Região, e em particular na Quinta Magnólia”, disse ainda Miguel Albuquerque, durante a inauguração, para as dezenas de visitantes, desportistas (além, claro, das entidades oficiais), que acorreram a conhecer o espaço. E acrescentou: “Gostaria de agradecer ao Amílcar, o meu secretário [regional dos Equipamentos e Infraestruturas], que teve que aturar as minhas raivas quando isto se atrasava”.

Mas depois dos avanços e recuos, agora “este é um espaço aberto aos madeirenses, e aos nossos visitantes”, regozijou-se o presidente do Governo Regional.