Madeira

PSD-M não elege líder mas vai participar no congresso nacional

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O PSD-M não conta para a eleição do líder, mas vai levar delegados ao congresso nacional do partido que se realiza entre 7 e 9 de Fevereiro em Viana do Castelo.

A garantia é dada ao DIÁRIO pelo secretário-geral do PSD-M, José Prada, assegurando que o partido na Região leva 30 delegados à reunião magna que dá posse a Rui Rio ou Luís Montenegro, a que se juntam observadores e convidados.

Como noticiámos na noite de ontem, estrutura regional do PSD não vai “promover” a segunda volta das eleições internas nacionais do partido, considerando que isso seria uma “humilhação” para os militantes social-democratas do arquipélago.

“Não é boicote”, disse Miguel Albuquerque, após reunião da Comissão Política do PSD-Madeira, no Funchal, esclarecendo: “Nós não vamos promover, até por uma questão de respeito pelos nossos militantes, um acto que, depois, à luz dos critérios do Conselho de Jurisdição Nacional, é uma inutilidade”.

Uma posição que deriva do facto do Conselho de Jurisdição Nacional do partido ter decidido não contabilizar os votos da Madeira na primeira volta das eleições, no sábado, por estarem em desconformidade com o caderno eleitoral - a estrutura regional falava em cerca de 2.500 militantes em condições de votar, a secretaria-geral em apenas 104 -, e o seu presidente, Nunes Liberato, realçou que os dados divulgados não alterariam o desfecho das eleições directas desse dia.

Face a esta decisão, o PSD/Madeira optou por “não promover” a segunda volta das eleições na Região, sufrágio disputado pelo actual líder, Rui Rio, e pelo ex-líder parlamentar , Luís Montenegro. O presidente do partido foi o candidato mais votado na primeira volta disputada sábado passado, com 49,02% dos votos expressos, seguido de Montenegro, que obteve 41,42% do total. O vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, que ganhou na Madeira, ficou em terceiro, com 9,55%, e fora da segunda volta.

Apesar do diferendo entre as estruturas regional e nacional, os madeirenses fazem questão de exercer o direito em participar no congresso onde também há eleições para vários órgãos nacionais. E a regra tem sido colocar militantes nas várias listas concorrentes, nomeadamente ao Conselho Nacional, o órgão responsável pelo desenvolvimento e execução da estratégia política do partido definida em Congresso, bem como pela fiscalização política das actividades dos órgãos nacionais e regionais do Partido.

O 38.º congresso nacional do partido vai ser acompanhado em permanência pelo DIÁRIO.