Madeira

PS nega “negociação especial” com Governo Regional ou PSD-Madeira

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O presidente do PS, Carlos César, negou hoje que tenha havido qualquer “negociação especial” do Orçamento do Estado para 2020 com o Governo Regional da Madeira ou com o PSD/Madeira.

“Nós não fizemos nenhuma negociação especial com o Governo Regional da Madeira, nem com o PSD da Madeira, muito menos”, afirmou o socialista aos jornalistas, no final de uma reunião do PS com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa.

Carlos César ressalvou que não fala em nome do Governo. “Mas posso testemunhar aquilo que sei. O Governo da República reuniu com o Governo Regional da Madeira como reuniu com o Governo Regional dos Açores”, acrescentou.

Segundo o presidente do PS, as medidas que constam da proposta de Orçamento do Estado para 2020 respeitantes à Madeira “são tudo matérias que têm sido tratadas ao longo do tempo”.

“São matérias que são profusamente conhecidas e já com algum historial do ponto de vista da aprovação do Governo da República, designadamente as questões do hospital, da dívida”, referiu.

O PS foi o último partido com assento parlamentar a ser recebido pelo Presidente da República entre terça-feira e hoje, no quadro das suas reuniões regulares com as forças políticas, tendo como tema principal a proposta de Orçamento do Estado para 2020 que o Governo entregou na segunda-feira à noite.

Antes, o presidente do PSD também foi questionado sobre um eventual voto divergente dos deputados eleitos pela Madeira face ao Orçamento do Estado para 2020, e disse não querer agravar um “problema latente”, considerando que esse cenário “não é normal, como é evidente”.

“Quanto à questão da Madeira, nunca falei com nenhum deputado, ou melhor, também não tenho de falar. Nunca nenhum deles falou comigo, nem o líder regional [Miguel Albuquerque] falou comigo”, declarou Rui Rio aos jornalistas.

Interrogado se entende como normal que os deputados eleitos pela Madeira divirjam do sentido de voto que vier a ser decidido pelo partido, retorquiu: “Podia-lhe responder facilmente à pergunta, se o problema não estivesse latente. Estando o problema latente, eu não quero eventualmente agravar a situação latente”.

Rui Rio remeteu mais comentários sobre esse cenário para quando “isso efetivamente for claro e suceder”, referindo que “não está claro ainda”.