Madeira

PS exige obras de protecção junto às ribeiras do Funchal

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Os membros da Concelhia do Funchal do Partido Socialista estiveram, esta manhã, junto à ribeira de João Gomes, na zona do Campo da Barca, onde criticaram “a inexistência de uma intervenção nos muros de protecção neste curso de água por parte do Governo Regional, de modo a garantir a segurança das pessoas”.

O porta-voz da iniciativa, António Gomes, deu um parecer “negativo” ao trabalho do executivo madeirense quase 10 anos após o temporal de 20 de Fevereiro de 2010, apontando os muros da ribeira como exemplo concreto da actuação governamental.

“Passaram-se quase 10 anos, tivemos disponíveis milhões de euros da Lei de Meios e nada se fez em relação às margens das ribeiras, na cidade do Funchal”, vincou.

“No local foram colocados blocos de cimento, os quais estão afastados uns dos outros, deixando abertas para a ribeira, o que coloca em causa a segurança dos transeuntes, que correm o risco de cair para o leito do curso de água”, denunciou o socialista.

António Gomes referiu-se também às intervenções que foram feitas nas fozes das ribeiras de Santa Luzia e João Gomes, “em que o afundamento do leito tem feito com que se dê a entrada de água salgada, infiltrando-se nas estruturas dos prédios e degradando-os com mais facilidade”.

Os socialistas acusam ainda o executivo de ter vindo a “destruir algumas pontes e a betonizar as margens das ribeiras, destruindo e escondendo as muralhas das ribeiras que resistiram a todas as intempéries durante mais duzentos anos”.

Segundo o PS-Funchal, “este Governo usou como desculpa a segurança da cidade para cometer tais delitos”. “As pontes centenárias da nossa cidade pertencem à nossa história e são elementos de atracção turística, sector importante para a nossa economia e emprego”, frisa o PS.

Assim, a concelhia do Partido Socialista do Funchal apela ao Governo Regional para que, nas intervenções futuras, “não faça desaparecer o nosso património colectivo e a nossa história, realizando as intervenções necessárias e urgentes nas ribeiras da cidade do Funchal, garantindo em simultâneo a segurança e a defesa do nosso património colectivo”.