Madeira

PS critica caminho do “isolamento” e “irrelevância” seguido pelo PSD

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Os deputados do Partido Socialista-Madeira (PS-M) à Assembleia da República criticaram, hoje, o caminho do “isolamento e da irrelevância seguido pelos deputados do PSD-M, ao apresentarem dezenas de propostas de alteração ao Orçamento do Estado que apenas têm garantidos três votos, contrapondo com a credibilidade e competência do PS, que assegura a aprovação das suas propostas em benefício da Região”.

Esta manhã, em conferência de imprensa, o deputado Carlos Pereira disse que o PSD “escolheu o caminho do isolamento e da irrelevância”, acrescentando que “50 propostas para três votos garantidos é apenas uma acção de propaganda e não algo que possa, de alguma forma, resolver os problemas dos madeirenses e dossiês que são muito importantes para a Madeira”.

Por contrapartida, considera, que “o PS caminha no sentido da responsabilidade, do compromisso e da cooperação com os deputados, que são aqueles que vão aprovar as propostas”.

“Nós temos mais propostas boas para a Região Autónoma da Madeira, que foram consequência de uma negociação feita no Grupo Parlamentar e que terão, com certeza, a garantia de aprovação”, sustentou Carlos Pereira, adiantando que “não estamos preocupados que rasgamos vestes e aparecemos nas fotografias como uns heróis que, no fim do dia, não trazem nada para os madeirenses”.

O parlamentar apontou que o PS tem propostas relacionadas com a Universidade da Madeira, nomeadamente garantindo que “terá acesso aos fundos europeus, aos fundos de gestão centralizada, como é o caso do ‘Horizonte 2020’”, assim como que “a academia possa ter mais estudantes, para poder aumentar o seu financiamento”.

Outra garantia conseguida pelo PS tem a ver com a atracção de investimento estrangeiro, nomeadamente os “vistos gold”, tendo o deputado destacado o facto de ter diminuído o limite mínimo para o investimento com acesso ao “visto gold” na Região, “o que torna a Madeira numa zona muito atractiva para quem quer investir”.

Outra alteração proposta tem a ver com a pesca, nomeadamente a pesca artesanal, o que, no seu entender, “irá ter um impacto na Região”.

Por outro lado, o deputado socialista referiu-se também à ligação ferry entre a Madeira e o continente, relembrando que “até hoje só conhecemos um estudo de viabilidade feito por uma empresa privada”. Neste seguimento, o PS solicita que “o Governo faça ele próprio uma análise sobre esta situação”. “Essa análise é fundamental e deve ter incluídas duas coisas importantes: o subsídio de mobilidade marítima e a possibilidade de carga não contentorizada nessa mesma linha”, observou.

Além destas propostas, Carlos Pereira frisou “que está já garantido no orçamento o cofinanciamento de 50% do novo hospital, bem como a questão da redução dos juros da dívida”. Disse ainda que são mantidas outras medidas “das quais a Madeira já está a beneficiar”, tais como as transferências das verbas do Jogos da Santa Casa da Misericórdia e as transferências para a Empresa de Electricidade, relacionadas com os direitos de passagem.

Explicou também que “há outras questões que não são tratadas em sede de orçamento”, nomeadamente as relacionadas com as Finanças Regionais, e adiantou que “após esta fase os deputados socialistas irão trabalhar em soluções para o Registo Internacional de Navios da Madeira”.

“Nós não fazemos propaganda barata. Temos os pés bem assentes no chão sobre aquilo que é a realidade na Assembleia da República e não vendemos ficções aos madeirenses”, rematou Carlos Pereira.