Madeira

O CDS requer voto de pesar pela morte do antigo jornalista Ernesto Rodrigues

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O CDS deu entrada hoje na ALM de um Voto de Pesar pela morte do antigo jornalista e Chefe de Redação do Jornal da Madeira, Ernesto Rodrigues, cujo funeral realizou-se no passado domingo.

“Ernesto Rodrigues, jornalista e durante décadas consecutivas antigo Chefe de Redação do Jornal da Madeira (JM), deixou para a posteridade uma lição intemporal para todos os profissionais da comunicação social que tiveram o privilégio de trabalhar e aprender com ele: o jornalista tem de ser uma pessoa séria e rigorosa.

Os seus méritos profissionais são reconhecidos por todos quantos com ele privaram. Ernesto Rodrigues, além do grande repórter que foi, um fascinado pela sua terra e um crítico respeitado pelo rigor da sua pena, foi um jornalista que ensinava os que começavam a profissão a terem vergonha de maltratar a língua portuguesa. Ele que tinha uma pena escorreita, que dominava a língua portuguesa com elegância e à-vontade, foi para muitas gerações de jornalistas, alguns dos quais ainda no ativo, um mestre da profissão e acima de tudo um mestre da Língua Portuguesa.

A sua rubrica “Ronda pela Cidade”, que perdurou durante anos, trazia à luz do dia os problemas que mais afligiam as populações. Ernesto Rodrigues utilizou sempre a máxima de colocar o jornalismo ao serviço das causas e para o bem das pessoas.

Foi um homem que subiu a vida apulso. Detentor de uma enorme sensibilidade social, um humanista que recebia no seu gabinete todos os que a ele recorriam para pedir ajuda.

Entrou ainda rapaz para o Jornal da Madeira (JM). Fez o curso de Artes e Ofícios na antiga Escola Salesiana do Funchal. Começou como gráfico, mas, pelas suas qualidades, depressa foi convidado a ingressar na Redação. Voltou a estudar e completou o Liceu.

Foi durante várias décadas Chefe de Redação. E é nesse longo hiato de tempo que conheceu vários diretores do JM, muitos dos quais figuras distintas do quotidiano madeirense.

D. Maurílio Gouveia, Cónego Agostinho Gomes, Paquete de Oliveira, Alberto João Jardim e Cónego Tomé Veloza.

Ernesto Rodrigues contava 89 anos de idade. Deixou a profissão nos anos 90 do século passado, sem direito a qualquer referência ou homenagem. Partiu rodeado dos seus dois filhos. O seu nome e a forma nobre como colocou o jornalismo ao serviço da comunidade madeirense devem merecer o reconhecimento público.

Assim, a Assembleia Legislativa da Madeira, legítima representante dos cidadãos da Madeira e do Porto Santo, manifesta o seu pesar pela morte do jornalista e antigo Chefe de Redação do Jornal da Madeira, Ernesto Rodrigues, e apresenta à família sentidas condolências”, pode ler-se no comunicado do partido enviado à nossa redacção.