Madeira

Jaulas de piscicultura vão para a Ponta do Sol, Calheta ou Câmara de Lobos?

Pelo menos 9 estão já a ser montados no cais do Caniçal, alguns já em ‘testes de mar’

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Fotos DR/Sérgio Ferreira

Somente 1.056 pessoas tinham assinado até esta tarde a petição ‘Contra Piscicultura Flutuante na Ponta do Sol - Madeira’, cuja iniciativa privada que teve como principal oposição a Câmara Municipal de Ponta do Sol, frisando-se no documento, entre outras razões para o cidadão subscrever o mesmo o facto do “arranque da ‘instalação de uma piscicultura composta por dois conjuntos de 8 jaulas com cerca de 29 metros de diâmetro e por 3 jaulas com cerca de 16 metros de diâmetro, as quais ocuparão uma área superficial de 11.774 m2, inseridos nas Zonas de Interesse para a Aquicultura.

Ora, depois de toda a polémica, a verdade é que no cais do Porto do Caniçal estão a ser montados e ultimados os preparativos para instalar as referidas jaulas. Ainda que não tenhamos conseguido confirmar junto de fonte segura a quem pertencem os equipamentos de grandes dimensões, muito provavelmente serão da OceanPrime - Madeira Mariculture, Lda., a empresa que pretendia instalar para começar a exploração ainda este ano.

Segundo é possível perceber são pelo menos nove as jaulas, algumas ainda em terra e cinco já no mar. As fotografias foram tiradas ontem (quarta-feira), confirmando que o projecto de instalação avança. Resta saber, porque como referimos não foi possível confirmar, se estas jaulas pertencem mesmo à referida empresa ou se pertencerá a outro projecto.

Isto porque em finais de Abril, o DIÁRIO noticiava que a autarquia de Câmara de Lobos também estava desagradada com a autorização dada pelo Governo Regional a um “projecto de piscicultura com 20 jaulas previsto ser instalado em frente à Fajã dos Padres e à Freguesia da Quinta Grande e ao largo do miradouro do Cabo Girão”.

Já no final de Junho, também noticiávamos que “movimentos de embarcações no mar indiciam uma possível expansão ou colocação de mais jaulas no projecto de aquicultura em mar aberto em frente ao litoral do concelho da Calheta, uma situação que está a provocar ‘azia’ na população, em especial da freguesia do Arco da Calheta”.