Madeira

Há 17 anos, ocorreu um ‘milagre’ sem explicação na Madeira

None Ver Galeria

Gorete Gonçalves vivia em São Martinho, Funchal, tinha problemas de coluna há cerca de 4 anos, e recomeçou a andar normalmente pouco depois de assistir à missa, no Dia da Nossa Senhora do Monte. Uma situação insólita que, até agora, parece não ter explicação, para muitos foi um ‘milagre’.

“Eu tinha fé na Nossa Senhora do Monte, vi a missa, e pedi muito por mim e por todos os que sofrem. Chorei muito, mas pedi a Nossa Senhora que me curasse. Na altura da comunhão senti força nas minhas pernas, gritei pelo meu marido e pedi-lhe que me levantasse. Fui buscar o andarilho e comecei a andar. Hoje consigo fazer a minha vida normalmente e devo isso a Nossa Senhora”, explicou assim, na época, Gorete Gonçalves.

Depois de 4 anos com problemas de coluna e ‘presa’ a uma cadeira de rodas, Gorete acreditava que tinha sido curada por Nossa Senhora do Monte.

“Isto para mim é realmente espantoso! Não há explicação científica, não encontro razões para que uma pessoa totalmente paralisada recupere e comece a andar”, afirmou, na época, António Reis, neurocirurgião, médico que acompanha o caso de Gorete Gonçalves.

O cirurgião acompanha o caso de Gorete desde 1997/98 e admite que o quadro clínico da sua paciente sempre foi um pouco estranho. “Ela tinha as raízes medulares totalmente presas, que a impediam de andar. Na altura atribuí os sintomas a uma infecção, que implicou uma intervenção imediata”. Foi feita uma primeira operação em 1998, que resultou na recuperação da perna esquerda, seguiu-se uma segunda para a perna direita, mas os resultados não foram tão bons.

“A doente andava com a ajuda do andarilho, mas há cerca de um ano e meio, na sequência de uma cólica renal, ficou completamente imobilizada e paraplégica”, acrescentou.

Depois de recuperada, Gorete Gonçalves, desejava seguir uma vida normal e pagar todas as promessas que fez enquanto chorava pela cura. Garantindo ainda que iria participar, no ano seguinte, na procissão de Nossa Senhora do Monte, a Santa à qual “devo a minha recuperação”.