Madeira

“Funchal é hoje uma cidade com mais problemas do que há seis anos”, acusa CDS na CMF

Foto Rui Silva/ASPRESS
Foto Rui Silva/ASPRESS

“Ao contrário de outros, o CDS realiza o espírito de Abril e apresenta provas do trabalho feito”, disse Gonçalo Pimenta, na cerimónia dos 45 anos do 25 de Abril que decorre na CMF.

“Nem vou maçar-vos com o exemplo da Câmara de Santana, pioneira no país na introdução de um vasto conjunto de medidas sociais que hoje esta Câmara do Funchal e tantas outras na Região estão a seguir – e ainda bem para as populações! A Câmara de Santana é um modelo para o CDS, mas também o é para outros autarcas, sendo reconhecida pela gestão séria e rigorosa, e figurando no quadro nacional como a autarquia do País que paga os seus fornecedores em menos dias”, adiantou.

“Mas onde o CDS não é poder, é notória a capacidade para influenciar e fazer aprovar propostas que melhoram a vida das populações e conferem significado ao dever de Abril”, acrescentou.

E deu o caso Funchal, sustentando com exemplos que entende serem ilustrativos da importância do CDS na CMF.

“Se a Câmara devolve hoje aos funchalenses 1.2 milhões de euros de IRS, foi por proposta do CDS;

Se as famílias das crianças que frequentam as creches privadas têm hoje apoio nas mensalidades, foi por proposta do CDS porque a Confiança ajudava apenas as crianças das creches públicas, por mero preconceito ideológico;

Se o IMI familiar ajuda as famílias, foi por proposta do CDS;

Se os comerciantes beneficiam de uma taxa reduzida nos toldos e esplanadas, foi por proposta do CDS;

Se há zonas da cidade com redução no preço dos parcómetros, foi proposta do CDS.

Se hoje 1.700 empresas do Funchal pagam menos Derrama, foi por proposta do CDS porque a Confiança tudo fez para aumentá-la em 200%;

Se hoje em dia os funchalenses não beneficiam ainda de descontos na fatura da água, é porque a Confiança está há ano e meio para fazer o Regulamento do Cartão Eco Funchal, que foi uma proposta do CDS aprovada por unanimidade;

Se as chamadas casas clandestinas não estão ainda a ser legalizadas, é porque a Confiança está há ano e meio para fazer o Regulamento de uma proposta do CDS que acolheu a unanimidade dos partidos representados nesta autarquia;

Se a Sociedade de Reabilitação Urbana do Funchal não avança, é porque a Confiança está há ano e meio para dinamizar mais esta proposta do CDS, aprovada por unanimidade, que ajudaria a dinamizar a economia, a gerar emprego e a resolver o problema dos prédios em ruínas”.

E deixou ainda duras críticas a Cafôfo:

“O Funchal é hoje uma cidade com mais problemas do que há seis anos. Não há uma estratégia presente e futura para a cidade. São seis anos de tricas com o Governo para mascarar a incompetência e a falta de rumo. A liderança desta Câmara é ela própria o exemplo de uma versão populista da ‘insustentável leveza do ser’ porque o protagonista já deu provas mais do que suficientes de incoerência, como quando prometeu cumprir o actual mandato para no mês a seguir à tomada de posse trair os funchalenses e se anunciar candidato à Quinta Vigia, preferindo, mais uma vez, parecer do que ser”.

E vai mais longe: “Parece que é socialista, mas gosta que o tratem como independente porque raramente assume aquilo que realmente é. Quer chegar à Quinta Viga às cavalitas do PS. Utiliza os meios do partido para andar todos os dias em campanha, mas passa a vida a vincar a sua independência. Faz o mesmo na Câmara. Utiliza os meios públicos que o cargo lhe confere para surgir diariamente na comunicação social, não com ideias, projectos e propostas para o Funchal, mas em campanha para as Europeias, o que não se percebe bem porque não é candidato nem presidente do PS. Se é preciso uma prova para afirmar que a Câmara do Funchal não tem liderança, basta fazer “back” aos telejornais da RTP Madeira, folhear as páginas dos jornais ou deitar o olho às plataformas digitais. O Funchal está paralisado. Esta Câmara gaba-se de que não tem dívida. É verdade. Mas não é façanha nenhuma. Não tem dívida porque são seis anos com a mais baixa taxa de investimento”, sustentou.

“Não se lhe conhece uma ideia nova, um projecto novo para a cidade. A gestão corrente é anunciada como uma grande obra, uma grande realização”, acusou Gonçalo Pimenta.

“Abril impõe seriedade e compromisso até ao fim”, concluiu.