Madeira

Eduardo Jesus pediu redução das taxas aeroportuárias da Madeira

Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, foi abordado pelo secretário regional do Turismo e Cultura

Foto Hélder Santos/ASPRESS
Foto Hélder Santos/ASPRESS

O secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, participou esta segunda-feira no Conselho Estratégico para a Promoção Turística de Portugal, em Lisboa, uma reunião que decorre com “uma frequência anual” e onde são elaborados os balanços do ano de 2019, bem como as perspectivas para 2020, em termos turísticos. Neste encontro, que contou pela primeira vez com a presença de um ministro, neste caso o da Economia, Pedro Siza Vieira, o secretário regional aproveitou a presença do mesmo para “sensibilizá-lo sobre dossiers que estão em espera à muito tempo, relativamente à Madeira”, isto no que diz respeito “à inoperacionalidade do aeroporto e ao nível das taxas que são praticadas”.

Ainda sobre a matéria aérea, a Madeira aproveitou a “oportunidade”, através de Eduardo Jesus e António Jardim Fernandes (vice-presidente da APM), para referir “como é que se tinha passado o ano de 2019”, colocando ao mesmo tempo, “em cima da mesa, os desafios” com que a Região “se debate hoje em dia, nomeadamente, na necessidade de obter novas rotas e novas ligações, de preferência, directas para a Madeira, consolidando as que já estão em vigor”, numa perspectiva de “optimizar a capacidade de ocupação dos aviões”.

“Os mercados foram todos eles debatidos e demos conta do reforço no orçamento para a promoção da Madeira, em mais 3,5 milhões de euros, o que perfaz um total de 14 milhões de euros de orçamento para promover a Região num só ano. Demonstrámos que estamos num nível muito interessante comparando com os destinos concorrentes, de investimento de dois euros por dormida, o que é qualquer coisa extraordinária no panorama nacional”, destacou Eduardo Jesus, reforçando ainda que “a estratégia da Associação de Promoção da Madeira (APM) está coincidente com os propósitos nacionais”, isto é, os mercados que para o arquipélago “são de diversificação (EUA, Canadá e Brasil) coincidem, naturalmente, com a matriz nacional em termos de promoção”.

O governante aproveitou ainda para alertar para uma necessária “sensibilidade nacional”, tendo em conta os mercados inglês e alemão, que “precisam de uma intervenção mais cuidada”.

“No caso do mercado inglês para prevenir todo o efeito que será oriundo da desvalorização da moeda (libra) e de tudo o que será consequência do Brexit. Por outro lado, no mercado alemão, onde sabemos que turisticamente vai crescer, ou seja, os alemães afirmam que querem crescer e viajar, e interessa captar esse mercado. As falências das companhias foram também objecto de análise por parte deste Conselho Estratégico”, mencionou ainda Eduardo Jesus.

Para o secretário, este Conselho Estratégico “foi muito importante” visto que contou com a presença de diversos delegados do Turismo de Portugal, nomeadamente nos países que havia referido, sendo estas “pessoas que sentem o pulsar deste mercado ‘in loco’”, daí que esta tenha sido “uma reunião bastante oportuna, onde a Madeira marcou a sua posição e onde se fez ouvir e sentir”.