Madeira

BE denuncia problemas dos cuidadores informais

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O acordo final da lei que deverá ser aprovada esta semana no parlamento nacional sobre os cuidadores informais esteve na origem de uma acção política do BE levada a cabo, este domingo, 2 de Junho, no Estreito de Câmara de Lobos.

Ernesto Ferraz, porta-voz da iniciativa, salientou que, depois de mais de um ano de audições e negociações com o Governo, surge agora a redacção final do Estatuto do Cuidador, uma “medida de grande alcance e de justiça social para quem desempenha uma “função nobre”, merecendo que o seu papel seja “reconhecido e valorizado”.

Segundo o bloquista, a Lei reconhece um conjunto de direitos aos cuidadores e atribui-lhes ajudas, pois a alternativa é os pacientes serem internados em unidades hospitalares (altas problemáticas) ou lares, com mais encargos para o Estado.

Além disso, ao permanecerem no seu ambiente familiar, estas pessoas “ficarão mais satisfeitas e saudáveis e a sua dignidade muito mais respeitada”.

Relembrando que o BE está nesta batalha “desde 2016”, tendo sido o primeiro partido a trazer o assunto para a agenda mediática em todo o país, “contribuiu para a criação de uma Associação de Cuidadores Informais”.

Neste momento, Portugal tem cerca de 800.000 cuidadores informais e 250.000 dedicam-se a tempo integral aos cuidados familiares, vivendo numa “constante invisibilidade sem ajudas e sem direito a descanso”, afirma o bloquista que defende um Estatuto do Cuidador que reconheça os seus direitos, como “apoio psico-social, formação e capacitação, apoio ao descanso, direito a férias e conciliação com a vida profissional do cuidador”.

Na Madeira, recorda a aprovação na generalidade, em Fevereiro último, de um projecto sobre esta matéria que ainda não avançou para a especialidade. “O projecto do BE foi chumbado pelo PSD e foram aprovadas iniciativas menos ambiciosas do PSD e do CDS”, considerando que, “mais do que aprovar medidas, é importante que sejam levadas à pratica”, neste caso, um estatuto do cuidador que “proteja os próprios cuidadores, mas também os pacientes que carecem de cuidados”.