Tolentino Mendonça fez questão de partilhar “uma palavra de comoção” por tudo aquilo que tem recebido da ilha que o viu nascer nestes dias de festa espiritual, desde mensagens a ofertas, votos de louvor e até gestos surpreendentes.

Atitudes que despertam emoções diversas e lágrimas de felicidade. A sensibilidade humana do bispo que amanhã será criado cardeal está bem viva, ao seu jeito, sempre próxima dos que ama.

Não é para menos. “Nós podemos ser cidadãos do mundo e andar por muitos lugares, mas transportamos sempre dentro de nós a nossa infância. E a Madeira para mim será sempre esse lugar....”, referiu, emocionado, ao DIÁRIO, quando desafiado a partilhar uma mensagem com os milhares que, da Região, lhe mandaram um abraço e palavras de encorajamento.

A ligação umbilical às origens tomou conta da breve conversa que publicaremos na nossa edição impressa e digital de amanhã, estrategicamente interrompida para uma sessão de fotografias. Isto depois de um demorado encontro com jornalistas que decorreu ao início da tarde na sala de imprensa da Santa Sé, durante o qual prometeu “arregaçar as mangas e servir, ser um cardeal entre os outros”.

Tolentino Mendonça fez questão de responder de forma personalizada a cada jornalista. E eram muitos, não só portugueses, que quiseram saber mais sobre o novo cardeal português nascido em Machico. Valeu-lhe ter que concelebrar com o Papa na ordenação episcopal de quatro padres que decorre neste momento na Basílica de São Pedro, caso contrário ainda lá estaria.

Também recebeu lembranças, uma das quais do DIÁRIO, o cartoon concebido pelo coordenador de Arte e cartoonista, Eder Luís e que vai guardar com estima pois expô-lo pode motivar outras leituras. Aliás, sobre a hipótese dum próximo conclave foi elucidativo. “Vida longa ao Papa Francisco”, declarou Tolentino Mendonça que, perante a insistência dos jornalistas, respondeu: “Vida longa ao Papa Francisco e a todos os papas que virão”.