Casos do dia

Jovem agrediu ex-namorada na Noite do Travesti mas não ficou impune

Violência doméstica não tem idade, género ou nacionalidade: o DIÁRIO revela outro caso em que um turista finlandês bateu e insultou a mulher em público na presença do filho

A detenção depende, na maior parte das vezes, de si e de nós. A vítima tem medo. Foto Shutterstock
A detenção depende, na maior parte das vezes, de si e de nós. A vítima tem medo. Foto Shutterstock

Todas as semanas dão entrada no Tribunal da Comarca da Madeira 16 processos por violência doméstica, um crime de natureza pública que não depende de queixa por parte da vítima para que o suspeito seja detido. Depende muito da denúncia de quem presencia os factos. Neste Dia de Luto Nacional pelas Vítimas de Violência Domestica, o DIÁRIO relata dois casos recentes, ocorridos na Madeira, cuja detenção só foi possível graças à intervenção de populares que alertaram a Polícia.

O crime de maus tratos deixa marcas a uma média de duas vítimas por dia na Região e não olha ao género, à religião ou à nacionalidade. Foi o que aconteceu no início deste mês, na Calheta, onde o caso de violência entre cônjuge envolveu dois cidadãos estrangeiros que passavam férias na Madeira, na companhia de um filho, menor de idade.

O homem de 44 anos, de nacionalidade finlandesa, mantinha uma posição dominante face à mulher, de 36 anos, de nacionalidade chinesa. O casal, que residia num alojamento no concelho da Calheta, foi visto a discutir em público, embora, de acordo com uma testemunha, o ambiente dentro de portas também não era saudável.

A ‘gota de água’ surgiu após um episódio de violência em público, em que o homem agrediu, insultou e humilhou a mulher, que se manteve submissa, na presença do filho e de todos os que assistiam ao desprezível espectáculo primitivo.

A PSP chegou a tempo de identificar o cidadão estrangeiro que foi conduzido numa viatura policial para a esquadra da Calheta onde foi constituído arguido por crime de maus tratos em contexto de violência doméstica.

A mulher e o filho menor de idade foram transportados para uma casa de acolhimento temporário e a sua integridade protegida do arguido.

Quem presencia actos de violência doméstica deve contactar a PSP através do 112, número de emergência, para que o prevaricador seja detido. As vítimas, na maior parte das vezes, não estão em condições de pedir auxílio porque temem pela própria vida e, muitas vezes, das dos filhos.

A violência doméstica não escolhe também idades. Na madrugada de sábado, na ‘Noite de Travestis’, um jovem de 17 anos terá decidido ajustar contas antigas com a ex-namorada, uma rapariga de 18 anos. Agrediu-a na rua mas o comportamento foi desde logo condenado por um grupo de pessoas que se encontravam no local e mantiveram o rapaz ali até à chegada da PSP.

O jovem foi identificado e a vítima foi transportada numa ambulância para o hospital. O caso deverá seguir para o Ministério Público.

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