Microplásticos motivam necessidade de mais métodos fidedignos de análise de contaminantes
Os microplásticos estão presentes tanto no solo, como no ar, bem como em ambientes aquáticos e em comida e bebida que acabam por ser ingeridos pelo seu humano, através de inalação, ingestão e contacto dérmico. Como resposta, começam a aparecer várias regulamentações tanto na União Europeia, como nos Estados Unidos da América. Este é um problema cada vez mais urgente, aponta a investigadora Rosa Perestrelo, que defende que é necessário haver formas fidedignas de detectar estes microorganismos.
Está a decorrer no Museu da Eletricidade a 6.ª edição da Conferência Internacional sobre Contaminantes Alimentares (ICFC 2025). O evento é organizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, e em colaboração com o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM – Universidade de Aveiro). O tema deste ano é ‘Desafios dos contaminantes emergentes (CEs) e saúde planetária’, com a iniciativa a decorrer até amanhã.
Esta sessão é denominada ‘Unraveling the Microplastics: From Ubiquity to Human Health Impacts’ e é proferida por Rosa Perestrelo, da Universidade da Madeira.
Começam agora a aparecer novas estratégias para tentar recuperar microplásticos, por todo o mundo.
Rosa Perestrelo defende a melhoria da análise dos componentes, mas alerta para a contaminação secundária como um problema, que compromete o controlo de segurança e qualidade. Há vários passos que devem ser dados, por forma a garantir que não se dá essa mesma contaminação.
Um estudo da Universidade da Madeira e da Direção Regional de Pescas, que colheu água potável em quatro concelhos da Madeira e comparou-a com água engarrafada comprada em supermercados da Região, forma identificados fibras e fragmentos. Nas águas engarrafadas, os fragmentos vê, por norma, das próprias garrafas. No caso da água da torneira, há fibras que surgem da canalização. A água do Porto Santo não apresentava qualquer presença de microplásticos. Os resultados da Região estão em linhas com aqueles registados a nível europeu.