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A Guerra Mundo

Montenegro afirma que reconhecimento da Palestina contribui para estabilidade e menos conflitos

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O primeiro-ministro considerou hoje que o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal pode contribuir para a estabilidade no Médio Oriente e menos conflitos e afirmou que Israel é "um país democrático e amigo de Portugal".

"Assumimos a nossa decisão. É a decisão que interessa a Portugal, que, do nosso ponto de vista, pode contribuir para a estabilidade no Médio Oriente e para uma comunidade internacional com menos conflitos, com mais atenção e direção à garantia e preservação dos direitos das pessoas", afirmou Luís Montenegro em resposta ao secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, durante o debate quinzenal na Assembleia da República.

O chefe do executivo frisou ainda que Portugal respeita Israel, considerando que é uma "democracia e um país amigo".

"Nós podemos não concordar com todas as decisões, e não concordamos, das autoridades israelitas, mas Israel é um país democrático, Israel é um país amigo de Portugal. Isso que fique muito claro", referiu.

Depois de ter ouvido críticas de Paulo Raimundo, que considerou que o reconhecimento da Palestina é tardio e recordado que o PCP já o tinha proposto várias vezes na Assembleia da República, Luís Montenegro disse saber que há partidos com "muito boa intenção" relativamente à causa palestiniana, mas defendeu que foram os governos da AD que mais fizeram pela Palestina.

O primeiro-ministro frisou que foi um Governo da AD, referindo-se ao executivo de Passos Coelho, que votou favoravelmente nas Nações Unidas a participação da Autoridade Palestiniana na Assembleia-Geral como membro observador e foi o seu executivo, na última legislatura, que votou favoravelmente a que a Palestina se tornasse membro efetivo.

"E agora foi também um Governo da AD que decidiu o reconhecimento do Estado da Palestina", referiu, acrescentando que o objetivo do executivo é que desenvolver uma estratégia para se chegar à solução dos dois Estados.

Dirigindo-se a Paulo Raimundo, Montenegro afirmou que o seu executivo "não têm muito a competir" com os governos que o PCP apoiou, numa referência ao período da 'geringonça', "porque disseram sempre coisas muito mais veementes".

"Mas, no fim do dia, nunca tiveram coragem de decidir, e nós tivemos coragem de decidir", afirmou.