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Eleições Autárquicas Madeira

PS apela a que não deixem enganar pelo "rolo compressor das falsas promessas" do PSD

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O candidato do PS à Câmara Municipal do Funchal acusou, hoje, a coligação PSD/CDS de a menos de um mês das eleições, voltar à propaganda e às falsas promessas para enganar os funchalenses. Rui Caetano indica que nada foi feito para resolver os problemas habitacionais no concelho, mesmo já havendo "projectos aprovados e com financiamento garantido".

Para o candidato, o bairro da Ponte, em Santo António, que hoje a candidatura visitou, representa a “imagem de marca do PSD”. Isto porque foi anunciada a sua requalificação e a construção de 23 habitações, "quando passou quatro anos sem nada fazer, uma vez que este projecto já havia ficado preparado e com financiamento assegurado por parte do anterior executivo liderado pelo PS".

Rui Caetano denunciou aquele que considera ser "o engodo para enganar os funchalenses" e alertou que "este é o mesmo método seguido pela candidatura da coligação PSD/CDS, que já traz atrás de si o rolo compressor das falsas promessas”. A este propósito, criticou o facto de Jorge Carvalho ter vindo esta semana anunciar a construção do bairro da Penha de França, o qual, à semelhança do bairro da Ponte, também já tinha projecto preparado e financiado para ir para o terreno, mas não saiu da gaveta.

"Há quatro anos, foram feitas tantas promessas, que até parecia que o Funchal ia ser um paraíso na terra. Era um seguro de saúde universal para todos os funchalenses, eram creches gratuitas para os filhos dos jovens casais que residissem no Funchal, era a construção de 1.500 lugares de estacionamento no centro do Funchal, era a requalificação do bairro de Santa Maria e do bairro das Romeiras, mas a verdade é que nada disso foi feito e o PSD vem agora com o mesmo rolo compressor das promessas", atirou o cabeça-de-lista socialista.

O PS garante que, quando chegar à Câmara do Funchal, irá executar os projectos que já estão preparados para irem para o terreno e com financiamento garantido – os bairros da Penha de França, da Quinta das Freiras, e da Ponte e a requalificação de prédios no centro do Funchal para jovens casais. “Não estamos a inventar nada. Trata-se apenas de executar aquilo que já estava preparado e que não foi feito”, declarou, acusando o actual executivo de ter “deitado para o lixo” os 23 milhões de euros de financiamento que já estava assegurado por parte do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana.

Além disso, prevê o apoio às cooperativas de habitação, para que haja mais casas a preços acessíveis para a classe média, mas assevera que haverá uma fiscalização apertada. “Não vamos fazer como a câmara PSD/CDS fez, que deu dinheiros públicos à Cortel e depois vimos as negociatas que foram feitas para desenvolver projetos pessoais e negócios turísticos em cooperativas de habitação”, vincou.

Os socialistas querem ainda trabalhar no sentido de aceder aos fundos do próximo Quadro Comunitário de Apoio para construir habitação no Funchal com autonomia, transparência e eficiência.