“O líder máximo da maior superpotência do mundo, objetivamente, é um ativo soviético, ou russo”, foi como o Presidente da República (PR) classificou Trump (DT) na sua palestra na Universidade de Verão do PSD (UVPSD), ainda que não se perceba a conotação de “soviético” em face da inexistência da União Soviética.

DT disse recentemente “Talvez queiramos um ditador“; “Eu não gosto de ditadores. Não sou um ditador. Sou um homem de muito bom senso e sou uma pessoa inteligente”, mas ao mesmo tempo que faz estas afirmações como sempre carregadas de auto-elogio, tece rasgados elogios aos ditadores comunistas Kim Jong-un da Coreia do Norte, Xi Jinping da R.P. da China e ao autocrata Vladimir Putin (VP) da Rússia, pelo que teria sido mais de acordo com a realidade em vez de “ativo russo” ter classificado DT como “ativo de Putin” e da extrema direita antidemocrática que pretende subverter/destruir as democracias europeias e instaurar regimes autocráticos/ditatoriais.

DT ainda não conseguiu tornar-se num ditador mas dado o seu fascínio por eles e tendo em conta as medidas repressivas e de cariz anti-democrático que tem procurado implementar nos EUA para lá caminhará se os americanos lho permitirem.

Que DT é pró VP e pouco ou nada se importa com a sorte da população da Ucrânia que esta seja derrotada e espoliada do seu território, tal como é pró Benjamin Netanyahu e pouco se importa com o futuro da Palestina e dos palestinianos, há muito que se tornou evidente, pelo que não tem um mínimo de isenção para intermediar qualquer negociação de paz.

Que o objetivo da “paz” para DT mais do que pôr fim à guerra de uma forma que traga um mínimo de justiça e dignidade ao agredido em detrimento do agressor, é acabar com a guerra de qualquer forma mesmo agravando a injustiça cometida contra o agredido desde que isso lhe traga dividendos políticos, financeiros e lhe traga o almejado Nobel da Paz satisfazendo a sua imensa e absurda vaidade.

Temos de convir que a afirmação do PR na UVPSD não se coaduna com o cargo que desempenha, aliás como muitas outras proferidas durante os seus mandatos.

O que não deixa de ser ridículo e patético foi ver André Ventura (AV) a pôr-se em bicos de pés numa pose televisiva forçada de “estadista” de meia tigela ao criticar o PR e a fazer uma analogia com o Presidente Lula da Silva, quando sabemos que os “heróis” para AV são o golpista/aspirante a ditador atualmente detido com pulseira eletrónica Jair Bolsonaro e DT o mentor da extrema direita antidemocrática e “King” das imbecilidades.

Talvez o mais acertado seja considerar DT um “ativo” de VP e AV um “ativo” de DT.

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