Eu também já estive lá e sei o que sente o puto
Fiquei chocada com o facto de terem divulgado estas imagens, mas achei muito bom porque só assim durante o choque é que se sente que estas situações são anormais!!!! Ouvi comentários de “não sabemos o que provocou”… só respondi nada justifica esta violência! Em pleno século XXI…a sério????… mas todos sabemos que ainda acontece, mas quando temos um caso mediático, choca… e ficamos dias a falar sobre isso e a ouvir os Media. Cristina Ferreira diz que somos “tão poucos nesta Ilha e é normal porque temos grande taxa de alcoolemia”, mostre esse estudo, pode ser Cristina?… curiosamente quando falam de casos de violência doméstica ou agressão no continente está associado a isso ou mesmo drogas, infeliz o seu comentário, não acha? Mas isso é o menos…. Que saiba e tantos profissionais lhe têm dito, na Ilha da Madeira e em todo o mundo o medo de alguém denunciar alguém é grande … no programa “2 as 10” falam tanto disto e cometem esta gaffe? As vítimas têm medo de denunciar, as vítimas vão lidando, as vítimas são vítimas… a jornalista madeirense Rita Aleluia, saudações a ela, grande profissional, mas devia pensar se devia dizer certas coisas, a vida das pessoas está na berlinda. Todos os dias ouvimos de mortes por violência doméstica a nível nacional, nunca vi vídeos, bem-haja quem o que o fez neste caso, poderá ser importante para mudanças futuras. Nunca vi falarem dos casos a nível nacional de violência doméstica sem ser quando as vítimas estavam mortas…tenham consciência e falem do caso de forma a terem seguimento melhor que os outros que acabaram em mortes ingratas. Agradeço terem dado visibilidade ao momento “Eu também já fui esse puto”, onde posso me inscrever? Também já fui! Eu e meus irmãos que, há muitos anos e durante muitos anos fomos vítimas disso e não tivemos ninguém que nos defendesse e a terapia é viver!??? Era normal, defendíamos nossa mãe todos os dias e estamos a falar de um período que aconteceu há 30 anos…o ciclo terminou ano passado porque ele foi encontrado desorientado e alguém diagnosticou com demência e está internado há 1 ano. Ele fez-nos a vida negra a vida toda, eu fiz queixa dele há 3 anos e ninguém ajudou! A DRA Secretária da inclusão, Dra Paula Margarido fez propaganda de tantas formas de podermos denunciar, desculpem, mas as instituições não funcionam. Tenho provas disso podem me procurar, têm de mudar a forma de ajudar as vítimas, por norma passam a ser vistas como agressores ou demoram tanto tempo a defende-los que morrem nas mãos dos agressores. Fazemos queixa e chega uma carta à casa do casal sobre o caso a pedir que compareçam no tribunal …Acham isto normal…. Fazemos queixa e depois recebemos notificação na nossa morada a informar que temos de ir depor contra o agressor que vive na mesma morada e viu a carta e que acham que vai fazer quando vir a carta? Repensem tudo. Não ajudam nenhuma vitima ao separar esta de menor e deixarem agressor livre de voltar a bater…. temos pena quem acredita nisso é agressor?!!!! Pedro Chagas Freitas grande defensor de grandes causas obrigada por colocares a escrita sobre nós, mas isto nunca vai mudar… infelizmente. Lembro-me de um grito enorme devia ter 9 anos também… e um som de cinto a sobrevoar a raiva e depois a imagem de uma vista negra ensanguentada e muitos gritos. Espero que esta Senhora seja feliz COM seu filho. Antigamente aguentavam pancada hoje em dia defendem os agressores e afastam as vítimas dos filhos…. Tenham consciência…! Pensem porque será que algumas pessoas não denunciam, a sociedade vai sempre defende o agressor….! Pensem! Onde está a lei?
Rubina Correia