AD, PS e Chega
Há comentadores que de repente passaram a achar que a obrigação suprema do governo da AD, mais do que governar e implementar o seu programa eleitoral, deveria ser a salvação política do PS.
Alguns deles desde sempre apoiaram o PS e louvaram a habilidade para as táticas politiqueiras e populistas de António Costa (AC), inclusive na tentativa de destruir o PSD colando-o ao Chega.
AC durante os 8 anos em que governou recusou-se sempre a implementar medidas reformistas na Justiça, na Educação, na sustentabilidade da Segurança Social para que os agora jovens trabalhadores e futuros pensionistas tenham uma pensão em linha com os seus ordenados atuais, na Saúde, no Estado com menos gente, menos despesa e mais eficácia através da integração e compatibilização digital dos serviços, na privatização, antes pelo contrário vide a TAP, de empresas da área dos transportes que mais do que servir o interesse geral dos portugueses e a economia, servem o interesse particular de alguns sindicatos do PCP, acumulando prejuízos e ineficácia, medidas essas que Rui Rio procurou consensualizar com AC que sempre as recusou.
Aliás a fuga de AC para Bruxelas sem uma justificação plausível, desbaratando uma maioria absoluta e traindo a confiança dos portugueses, é o culminar de tudo o que de negativo houve nos seus 8 anos de governação e faz dele o maior responsável pela situação política que temos hoje.
A altura mais propícia para implementar as reformas para modernizar Portugal ocorreu em Out.2015 após a vitória eleitoral da coligação PSD/CDS (36,86%) e o PS (32,31%) em 2º lugar, com AC e o PS a desdenhar essa oportunidade única recusando-se a viabilizar um acordo de incidência governativa com a coligação PSD/CDS, optando pelo oportunismo populista de um acordo, a coroa de glória de Pedro Nuno Santos, com os partidos extremistas BE/PCP, que não resolveu nenhum dos problemas estruturais do País antes os piorou.
O primordial não é se a AD se alia com o PS ou com o Chega, mas se fará uma aliança com “todos, todos” os portugueses como prometeu Luís Montenegro no dia das eleições e para isso terá de procurar os consensos necessários à sua esquerda e à sua direita.
Cabe à AD implementar as medidas do seu programa, aos partidos da oposição concordarem ou não com as mesmas e contraporem as alterações que entenderem e se houver consenso aprová-las, sejam os consensos à esquerda ou à direita da AD.
Fundamental é tornar público de forma objetiva e transparente para apreciação dos portugueses, quem contribui ou não para viabilizar e consensualizar as medidas para governar o País e quem pelo contrário se limita a fingir procurar consensos mas que na realidade só pretende criar ruído e inviabilizar a governação.
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