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Turismo Madeira

“Garantir uma boa oferta turística sem comprometer a qualidade de vida dos madeirenses”

Albuquerque considera que o turismo na Madeira está em fase de expansão e qualificação

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Em visita ao Hotel Quinta da Saraiva, em Câmara de Lobos, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, destacou a importância da nova unidade hoteleira para a valorização do turismo local, elogiando a sua integração harmoniosa com a paisagem e a exploração agrícola adjacente. “É uma unidade muito bem concebida, que tem tido grande sucesso e que contribui para a qualificação da oferta turística na Madeira”, afirmou.

O governante aproveitou ainda a ocasião para recordar as novas ligações aéreas que reforçarão a conectividade da região: a partir de 2 de Junho terão início voos directos entre a Madeira e Faro, com duas operações semanais; a 8 de Junho arrancará uma operação regular da United Airlines com três voos por semana entre Nova Iorque e o Funchal, assegurando ligação a 86 aeroportos nos Estados Unidos.

Sobre o estado actual do turismo madeirense, Albuquerque sublinhou que a região vive um momento de “expansão e transformação do perfil do turista”, defendendo a necessidade de continuar a melhorar a organização do território. Rejeitou a ideia de turismo massificado, apontando que a Madeira, com cerca de 32 mil camas turísticas, está longe de destinos como Maiorca ou Canárias. “Temos de garantir uma boa oferta turística sem comprometer a qualidade de vida dos madeirenses”, frisou.

O presidente reiterou a aposta em medidas de gestão e sustentabilidade nos espaços de maior afluência, nomeadamente a reorganização dos estacionamentos e o controlo de acesso a pontos turísticos como o Pico do Areeiro ou os Balcões. Adiantou ainda que parte dos espaços naturais poderá passar a ser de acesso pago, canalizando receitas para a sua manutenção e fiscalização.

Albuquerque destacou também o impacto positivo do alojamento local em zonas rurais da Madeira, nomeadamente na afirmação e dinamização do comércio e dos serviços locais, consequência directa da actividade turística.

Apesar do crescimento assinalável, o líder madeirense considera improvável um aumento significativo do número de turistas nos próximos anos, esclarecendo que “não vamos chegar às 40 mil camas previstas no plano de ordenamento”. Defende, no entanto, que a prioridade deve ser “melhorar o destino e a oferta”, com qualidade e organização, em vez de procurar apenas aumentar os números.