Medidas para compensar taxas de Trump dividem o plenário
O PS apresenta um projecto de resolução que recomenda ao Governo Regional a adopção de medidas para proteger a economia regional face ao aumento das tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos.
Gonçalo Leite Velho considera necessário dar "um sinal aos empresários de que não os vamos deixar cair". O projecto de resolução, sublinha, foi elaborado depois de ouvir os empresários e, nomeadamente, a ACIF.
Victor Freitas, também do PS, desafia os "trumpistas" que se "vangloriaram" pela vitória de Donald Trump a comentarem as taxas definidas pelo presidente norte-americano.
Miguel Castro, do CH, considera que esta é uma propostas "oportunista e alarmista" e não aceita que sejam outros países a dizer aos EUA "como devem votar" ou como devem "lidar com os seus parceiros comerciais". O deputado do CH diz que a culpa pela dependência europeia da economia americana é "culpa dos governos socialistas" das últimas décadas.
Também Gonçalo Maia Camelo, da IL, considera a proposta errada porque propõe subsídios para sectores, como a hotelaria e o vinho, que têm registado grandes receitas e lucros. Por isso, não compreende como será possível pedir aos madeirenses que contribuam para subsídios a empresas com grandes facturações.
Maia Camelo defende uma "diplomacia comercial" como está a ser feita pela União Europeia e não medidas destas. "O Trump está, na Casa Branca, a tremer das pernas a ver se esta resolução é aprovada", ironizou.
Bruno Macedo, do PSD, concorda com a estratégia que está a ser seguida pela Comissão Europeia e lembra que Portugal está inserido num grande espaço económico.
O deputado social-democrata destaca as medidas do Governo Regional para apoio às empresas madeirenses na internacionalização e as estratégias que têm por base criar bases sólidas para os sectores económicos e garantir alternativas.
"Ouvir as empresas e encontrar soluções com elas", tem sido a estratégia do Governo Regional.
Bruno Macedo compreende as "boas intenções" da propostas socialista mas considera-a "redundante" face às medidas e acções já em curso.
O JPP, através de Luís Martins reconheceu a pertinência da proposta do PS e a necessidade de garantir apoios a sectores que poderão ser prejudicados pelas taxas aduaneiras dos EUA.