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Explicador Madeira

Como reduzir os sintomas das alergias

As alergias afectam aproximadamente um terço da população

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Estamos na altura do ano em que o pólen mais anda no ar, para desespero de muitos alérgicos. Neste ‘Explicador’ partilhamos as recomendações da Direcção Regional de Saúde para reduzir os sintomas e reacções alérgicas.

Esta quarta-feira, na rúbrica ‘Hora da Saúde e Protecção Civil’, a Direcção Regional de Saúde (DRS) partilhou as suas recomendações para esta época de alergia.

As alergias são respostas exageradas do organismo após o contacto com os aeroalérgenos do ambiente que nos rodeia. Resultam da interacção entre a predisposição genética e a exposição aos aeroalérgenos com factores de risco associados com os estilos de vida inadequados como o sedentarismo, a dieta, a obesidade e a poluição dentro e fora dos edifícios e o consumo excessivo de medicamentos, especialmente antibióticos e anti-inflamatórios. DRS

De acordo com dados da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), as alergias afectam aproximadamente um terço da população portuguesa. Na Região, segundo dados do Inquérito Nacional de Saúde (INS, 2019), 23% das pessoas com 15 ou mais anos declararam ter alergias, as quais são apontadas maioritariamente pelos jovens (20,1%) e pelas pessoas do grupo etário dos 35-54 anos (37,1%). Um em cada três jovens refere sofrer de alergias.

“Os pólenes e fungos são os alergénios mais importantes do ambiente exterior, particularmente no nosso contexto, uma ilha, existe um efeito de lavagem/arrastamento até o mar dos aerossóis polínicos o que diminui a sua relevância clínica”, explica a DRS.

Por outra, as condições meteorológicas actuais fomentam o aumento da prevalência de fungos com importante impacto na gravidade clínica da doença alérgica. No que diz respeito aos alérgenos do ambiente interior, destacam-se os ácaros do pó doméstico, que na população portuguesa, são a principal causa de alergia.

 Assim, as medidas recomendadas pela DRS para assegurar a redução de sintomas, passam por:

  • Evitar o fumo do tabaco, activo e passivo factor de risco para o aparecimento da asma e outras doenças alérgicas;
  • Consultar os boletins polínicos disponíveis todo o ano no site da em site www.spaic.pt, e na Primavera também em alguns meios de comunicação social, para saber as concentrações dos pólenes no ar ambiente (baixas/moderadas/elevadas);
  • Evitar áreas de elevada concentração de pólenes;
  • Limitar as actividades ao ar livre, tais como a prática de desportos, campismo, caça ou pesca e passeios no jardim, em particular durante a manhã quando se regista uma maior libertação de pólenes;
  • Evitar caminhar em grandes espaços relvados ou cortar relva na Primavera;
  • Manter portas e janelas fechadas quando as concentrações de pólenes são mais elevadas ou em dias de vento forte, ou quentes e secos;
  • Sempre que viajar de carro mantenha as janelas fechadas;
  • Usar capacete integral, para os motociclistas;
  • Usar óculos escuros fora de casa para proteger os olhos, reduzir as queixas oculares e evitar conjuntivite;
  • Programar as férias elegendo locais de baixas contagens polínicas (ex. neve, praia), de forma a evitar o contacto com um pólen específico a que seja alérgico;
  • Fazer a medicação prescrita, será a forma mais eficaz de combater os sintomas de alergia. Para um diagnóstico e prescrição do tratamento mais adequado, deve consultar um médico especialista em Imunoalergologia.