CDU aponta que "todos os dias são de cumprimento dos direitos humanos das mulheres"
A CDU realizou, hoje, uma iniciativa especialmente dedicada ao Dia Internacional da Mulher, fazendo questão de frisar que, todos os dias são de cumprimentos dos direitos humanos das mulheres. Sílvia Vasconcelos lembrou que as conquistas da actualidade são fruto de grande luta, mas apontou que continuam a persistir desigualdades.
"O dia de hoje é profundamente simbólico e importa assinalá-lo ainda com mais força nestes tempos ameaçadores da justiça social, da liberdade e direitos e da Paz", considerou a candidata às eleições regionais de 23 de Março. Entre as reivindicações estão os melhores salários, tendo em conta que ainda hoje, as mulher "ganham menos 16,7% do que os homens mesmo tendo melhores habilitações académicas e ao nível superior".
Falta, ainda hoje, cumprir a Constituição quando instituí a Igualdade de género e o salário igual para trabalho igual. E propomos a valorização de carreiras e um aumento salarial para todos, no mínimo de 150 euros, fixando o salário mínimo nacional em 1000 euros. Sílvia Vasconcelos
No que respeita ao direito saúde, "o encerramento de maternidades e serviços públicos de obstetrícia têm falhado na assistência à maternidade, aos partos devida e medicamente assistidos, no acesso à realização da IVG e na resposta atempada a doenças como o cancro da mama e cancro do útero que continuam a afligir inúmeras mulheres".
"Há que assegurar as condições económicas e sociais que permitam às mulheres terem os filhos que desejarem, acabando com as discriminações nos locais de trabalho, para além da igualdade salarial: é preciso alargar a licença de maternidade e de paternidade, partilhadas, por 210 dias, e pagas a 100%, assim como reforçar o direito de os pais poderem acompanhar os filhos de perto por mais tempo, e o acesso a uma rede pública de creches e pré-escolar gratuita para todas as crianças", aponta Sílvia Vasconcelos.
A candidata recordou ainda que as mulheres são as principais vítimas de violência doméstica, sexual, psicológica, no trabalho e na rua. Nesse sentido, defende um maior afinco na prevenção e combate a todas as formas de violência contra as mulheres, através de mais campanhas de educação e sensibilização e um maior investimento em programas de apoio às vítimas reforçando, a exemplo, as associações e serviços públicos que pugnam por este combate contra a violência no nosso país.