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Regionais 2025 Madeira

"Turistificação" leva a "danos ecológicos" diz a CDU

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Foi no contacto directo com os residentes de várias localidades da ilha da Madeira que a CDU constatou o que Edgar Silva chamou de "impactos negativos da turistificação", o que no entender do cabeça-de-lista dos comunistas às próximas Eleições Regionais, tem causado "danos ecológicos gritantes". 

No âmbito das iniciativas de pré-campanha agendadas para esta quinta-feira, o candidato notou que "o actual modelo de turismo para a Madeira e Porto Santo está a ampliar o prejuízo nos recursos naturais, o aumento da poluição, impactos físicos, desde logo, evidentes na floresta e na orla costeira e perda da biodiversidade".

A comitiva, que integrava, também, o engenheiro florestal Vasco Paiva, passou pela Ponta do Pargo, pelo Paul da Serra, pelo Fanal e pelo Jardim da Serra. O 'convidado' defendeu "a necessidade de planeamento, de regras, de ordenamento, nos lugares onde se fazem sentir os danos ambientais provocados pelo turismo nesta Região". 

Já Edgar Silva falou em "práticas predatórias associadas ao turismo com níveis de visibilidade muito variados". Como consequência, apontou, "crescem os danos nos recursos naturais, como o solo e as espécies vegetais, no mar e na floresta, na orla costeira e nas levadas". "São cada vez em maior número os casos onde se verifica a modificação das condições naturais do ambiente, em consequência da grande circulação de pessoas e automóveis", acrescentou.

Perante o que tem constatado, o cabeça-de-lista da CDU nota que "se existem processos em que a turistificação dos territórios está a provocar tremendos e crescentes danos ecológicos, então, é preciso alterar tais dinâmicas. Existem ecossistemas frágeis, que necessitam de cuidados especiais para evitar a sua degradação. De outro modo, se o crescimento do turismo continuar a ocorrer de forma desenfreada, corre-se o risco de destruir de forma irreversível esses ecossistemas".

Defende o comunista que "a Região precisa de um programa de acção para resolver impactos negativos da turistificação", no que diz ser um "programa de intervenção prioritária" que permitiria atalhar os danos provocados pelo excesso de turismo. "É inadiável somar ao planeamento e promoção do turismo os planos para o bom uso de espaços naturais e construídos, a fim de que sejam travados os impactos negativos no meio ambiente, na paisagem e nos territórios", defendeu Edgar Silva.