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Regionais 2024 Madeira

CDS-PP “perdeu milhares de euros” de subvenção

A notícia do Público, desta quinta-feira, aponta falha de prazos na entrega de documentação relativa às eleições na Madeira em Maio de 2024

Acção de campanha em Maio de 2024. 
Acção de campanha em Maio de 2024. , Foto DR/Arquivo

O Público noticia hoje que o CDS-PP perdeu milhares de euros por se ter atrasado a pedir a subvenção para as despesas da campanha eleitoral às Legislativas na Madeira em Maio de 2024.

Pela lei, explica o artigo, os partidos devem pedir ao presidente da Assembleia da República a subvenção para as campanhas eleitorais “nos 15 dias posteriores à declaração oficial dos resultados eleitorais”. Ora, estes foram publicados a 3 de Junho, pelo que o prazo para requerer a subvenção terminou a 26 de Junho – e o partido não o fez. O pedido do CDS-PP foi enviado apenas em 10 de Julho.

“O CDS-PP justificou o atraso com a recepção tardia de facturas dos fornecedores, mas o Supremo Tribunal Administrativo já havia estabelecido que um pedido fora do prazo ‘caduca o direito’ à subvenção”, lê-se.

Na notícia é também explicado que o caso contrasta com uma situação anterior, em que José Pedro Aguiar-Branco, então presidente da Assembleia da República, contrariou a opinião do auditor jurídico do Parlamento e permitiu que o CDS recebesse a subvenção retroactivamente.

Desta vez isso não aconteceu, refere o Público, tendo Aguiar-Branco seguido o parecer da PGR, que defende que o prazo para pedir a subvenção tem “natureza perentória”, ou seja, não pode ser ultrapassado sem consequências.

Contas feitas, dado o atraso na entrega da documentação, o CDS-PP Madeira perdeu acesso a um apoio essencial para cobrir as suas despesas de campanha. Lê-se ainda que os documentos das contas do CDS-PP Madeira foram publicados no site da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, mas não apresentam qualquer valor relativo à subvenção ou à contribuição do partido, “apesar de o orçamento da campanha de 100 mil euros prever que este último apoio fosse de 25 mil euros”.