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Regionais 2025 Madeira

Eu Voto! O apelo de Helena Correia

A presidente da Associação Casa do Voluntário da Madeira apela à participação cívica e democrática a 23 de Março

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Votar é sinónimo de democracia, é a forma mais clara e mais nobre de mostrar a nossa vontade em sermos cidadãos ativos na sociedade. Felizmente, temos o direito ao voto, um direito conquistado por muitos, por isto, também, é o nosso dever cívico ir votar.

No próximo dia 23 de março, vamos votar e vamos, também, relembrar e insistir para cada vizinho, amigo e familiar faça o mesmo - cada vez mais, votar é importante, é a nossa forma de preservar a estabilidade democrática. Reconheço a importância por ter crescido num lar em que os meus pais sentiam alegria genuína em ir votar, sentir-se entusiasmados por ir cumprir a sua "obrigação". Ir votar, era um ritual familiar lá em casa, lembro de atingir a maioridade e quando pude ir votar pela primeira vez, a minha mãe já na véspera dizia que no domingo era para acordar cedo para todos irem votar.

Mas recordando os meus tempos de criança e adolescente, recordo que na altura de eleições, era uma azáfama em casa, sobretudo na véspera das eleições. Na altura, ria-me vendo a minha mãe toda atarefada na véspera do "dia dos votos", para deixar tudo pronto em casa e ir "descansada votar". Questionava-a sobre o porquê daquela agitação toda, ainda para mais no dia anterior às eleições, perguntava se já estava a programar o dia seguinte? Perguntava à minha mãe em jeito de brincadeira para quê ir votar logo de manhã, se tinha o dia inteiro para fazê-lo?! Mas recordo dizer à minha mãe para ter calma, que teria tempo. Logo de seguida às perguntas/provocações vinha o "sermão" da minha mãe:

- Calma?! Prefiro fazer assim, não gosto de deixar nada para as últimas. Amanhã, vou à missa das 8 e logo de seguida vou votar, quero cumprir o meu dever às 9 horas, para isso quero deixar tudo pronto hoje! E continuava por ali fora a falar:

- Sabes lá tu, nem sonhas como era a vida... Nem sempre pude votar, antigamente, não se tinha liberdade para nada, vivia-se com medo, às vezes tinha-se medo até de falar, por isto vou votar sempre, não há desculpas, ir votar é um dever. Votar é “um bem precioso” que devemos preservar, por isso para mim votar é mais do que um dever é uma obrigação! 

Por ter tido estes exemplos em casa e ter percebido a importância de votar, não foi necessário mais ninguém me alertar para ir cumprir o meu dever cívico e votar! Eu voto e nesse dia a minha prioridade e obrigação é esta. Vá votar!