Confiança denuncia e alerta para novo recorde de cobrança de impostos no Funchal
A equipa da Confiança na Câmara Municipal do Funchal volta a alertar para os impactos das políticas fiscais e orçamentais do PSD no município, sublinhando preocupações com dois documentos agendados para votação em reunião de câmara desta semana: o Mapa de Desempenho Orçamental de 2024 e o primeiro Orçamento Retificativo para este ano.
"A análise ao Mapa de Desempenho Orçamental confirma um padrão preocupante: a carga fiscal continua a aumentar, atingindo 52,38 milhões de euros em impostos diretos – um novo recorde absoluto de cobrança de impostos. Recorde-se este valor representa um aumento superior a 78% em comparação com 2020, o último ano de gestão integral da Confiança, quando os impostos directos eram de 29,33 M€, e que mereciam o maior repúdio por parte do PSD", refere à imprensa.
E acrescenta: "Em simultâneo verifica-se uma subida vertiginosa de mais de 10 milhões de euros em despesa corrente face ao ano anterior, quando os investimentos registados em despesas de capital apenas apresentam um aumento inferior a 600 mil euros. O documento revela ainda graves dificuldades na concretização dos investimentos municipais, com 21,7 milhões de euros de saldo de gerência a transitar para 2025, ao que se acresce cerca de 8 milhões de euros aplicados em produtos financeiros, em vez de serem utilizados para beneficiar diretamente a cidade e os munícipes. Esta sub-execução orçamental confirma o incumprimento das promessas do PSD, com investimentos sucessivamente adiados para anos seguintes, embora continue a anunciar projectos que não saem do papel e a gastar recursos públicos em propaganda".
Por seu turno, e conforme salienta, "a proposta de Orçamento Retificativo para 2025 reflecte não só uma gritante ausência de planeamento, como expõem a nu a reiterada desorçamentação que este executivo tem efectuado".
Entre as medidas mais preocupantes destaca: "a reprogramação de investimentos estruturais que deveriam ter sido concretizados no ano passado, como os investimentos em novos acessos, na renovação da frota e na requalificação de parque desportivo, bem como a ausência de reforço para a habitação; um aumento brutal de 17 milhões de euros nas despesas correntes, nomeadamente com mais de 2 milhões de euros para gastar em seminários e exposições, um reforço de 1,5 milhões para encargos com cobranças e uma subida superior a 5 milhões de euros nas despesas com água, resíduos, limpeza e electricidade, levantando suspeitas de violação de regras de execução orçamental e a incerteza sobre a execução dos projetos, com constantes ajustamentos no Plano Plurianual de Investimentos e no Plano de Atividades Municipais, o que indica um modelo de governação bastante prolífico em propaganda, mas que empurra compromissos para o futuro sem garantir a sua concretização".
Face a este cenário, a Confiança lamenta que "a má gestão do executivo PSD continue a penalizar os funchalenses, quer através de impostos recorde, quer pelo adiamento de investimentos essenciais para a cidade". No seu entender, "a fiscalização rigorosa das contas municipais e a exigência de maior transparência na aplicação dos recursos públicos continuam a ser prioridades para a Confiança, que não deixará de denunciar estas falhas e de defender os interesses da população do Funchal".