Sindicato da Hotelaria da Madeira adere à greve dia do dia 11
O Sindicato da Hotelaria da Madeira vai apoiar e aderir à greve geral marcada para 11 de Dezembro pela CGTP e UGT, afirmou ao DIÁRIO o dirigente sindical Adolfo Freitas, após o plenário realizado com trabalhadores do sector, esta tarde.
Segundo o responsável, as mais de cem alterações previstas ao Código do Trabalho representam perdas de direitos, impactos negativos na vida familiar e profissional e até perda de identidade dos trabalhadores.
“Estas alterações vêm para doer. São gravosas para os trabalhadores e esperamos uma grande participação na greve do dia 11”, declarou ao DIÁRIO, acrescentando que, depois de aprovadas, será muito mais difícil revertê-las.
Adolfo Freitas apelou ainda à adesão à concentração marcada para as 11h30, junto à Assembleia Legislativa da Madeira.
O dirigente criticou também o silêncio do Governo Regional relativamente às alterações laborais, afirmando que, apesar de serem medidas nacionais, seria importante conhecer a posição do presidente do Governo sobre a greve anunciada e sobre as mudanças propostas. “Surpreende-nos o silêncio do próprio Governo Regional, apesar de a lei ser nacional, não sabemos a sua opinião sobre estas propostas de alteração”, disse.
No mesmo plenário, foi discutida e aprovada a proposta salarial para 2026, resultante do consenso alcançado com a mesa negocial da hotelaria. Nesta fase, ficou decidido que as negociações incidirão apenas na tabela salarial e nas cláusulas, ficando outras matérias para serem discutidas a partir de Janeiro, “com mais calma”, após a entrada em vigor das alterações ao Código do Trabalho.
O aumento aprovado corresponde a 5,1% na tabela salarial e nas cláusulas, com garantia de que nenhum trabalhador terá uma actualização inferior a 65 euros. Apesar de considerar que o sector “respira boa saúde”, o dirigente reconhece que este foi o aumento possível nas circunstâncias actuais.
Com esta actualização, o salário mínimo no sector da hotelaria passará para 992 euros em 2026, acima do salário mínimo regional, que será de 980 euros. Sem outras deliberações relevantes, o plenário encerrou com o foco principal no apoio à greve e na validação da proposta salarial.